
Familiares, amigos e alunos de dança de Rubens Augusto dos Santos, encontrado morto dentro de casa, no bairro do Poço, despedem-se, nesta quarta-feira (15), do instrutor sepultado no Memorial Parque das Flores, em Maceió. O corpo dele foi liberado por volta das 18h pelo Instituto Médico Legal (IML). A Polícia Científica constatou que o homem, de 49 anos, foi morto por pancadas de arma branca na cabeça.
Alice Delmoni, amiga e aluna de Rubens Augusto, espera que as investigações cheguem à pessoa que cometeu o crime.
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“A gente está esperando que a polícia realmente encontre a pessoa. Porque ele não merecia essa morte trágica. Meu amigo não merecia isso”, disse Alice Delmoni.
A Polícia Civil conta com a ajuda da população para passar informações sobre o assassinato por meio do Disque-Denúncia 181, no anonimato.
Ainda de acordo com o delegado Ronilson Medeiros, estão sendo procuradas câmeras de videomonitoramento da rua onde fica a casa do instrutor para auxiliar nas diligências.
As primeiras informações colhidas pela Polícia Civil no local do crime apontam que o instrutor estava desaparecido desde a comemoração do aniversário, realizada no último domingo (12). Desde então, a família e amigos não haviam tido mais contato com ele.
Em entrevista à TV Gazeta, a também amiga e aluna do instrutor Eleonora Buarque afirmou que Rubinho, como era conhecido, iria ser homenageado pelas alunas com uma comemoração pelo aniversário dele. A festa ocorreria no dia 14, na terça-feira, mas ele não apareceu.
“O aniversário dele foi no dia 9. Eu liguei para ele e disse: ‘Rubinho, tem muitas alunas que não vão poder ir no dia 9 para comemorar o seu aniversário. Você comemora com os seus colegas e no dia 14, que é uma terça-feira, você vai para a dança e a gente faz uma homenagem a você’. Ele combinou e tudo certo. [Quando ele não foi] eu disse: ‘Vou passar na casa dele, porque alguma coisa aconteceu com Rubinho’. Quando eu cheguei na porta da casa, a minha irmã desceu do carro, bateu na porta, chamou e ninguém atendeu. Eu liguei para a moça que trabalhava na casa dele e disse para ir para ver se aconteceu alguma coisa na casa do Rubinho”, relata Eleonora.
O corpo foi encontrado sem roupa, em estado avançado de putrefação, exalando forte odor e enrolado com um pano que ainda estava sujo de sangue.
“O sentimento é de grande perda. Eu não sei nem definir esse momento agora. Fica essa grande lembrança, esse agrande afeto que temos todas por ele e a esperança de que tudo ocorra bem nas investigações”, desabafa Eliana Maiorano, outra aluna e amiga de Rubinho.
Maju Costa, também aluna do instrutor fala que Rubinho era amante da profissão.
“Ele tinha alunas até perto dos 90 anos e o Rubinho tinha uma facilidade de tirar da cadeira para dançar, fosse dançando solta, fosse dançando com ele. Ele era um professor de dança apaixonado pelo que fazia, ele vibrava quando a gente acertava os passos, quanto mais acertava ele queria puxar”, conta Maju.
Jeferson Pereira afirma ainda não acreditar que o amigo morreu da forma como aconteceu.
“Uma pessoa que trazia só alegria para as pessoas aqui na terra e morrer dessa maneira tão bárbara, tão terrível, que a gente está sem acreditar. Estamos com uma dor muito grande”, diz Jeferson Pereira.