A capital alagoana registrou em 2022 238 notificações de novos casos de HIV e 146 casos de Aids em adultos e um caso em criança. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net). Durante todo o mês de dezembro, as equipes das Unidades Básicas de Saúde e do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (Nasf) seguirão intensificando as ações educativas da campanha junto à comunidade nos seus territórios de atuação.
A ação já passou pelo calçadão do Centro de Maceió, onde foram ofertados 50 testes rápidos para HIV, Sífilis e Hepatites B e C, entrega de preservativos masculino e feminino, além de orientações ao público e encaminhamentos para o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) do município (Bloco I do PAM Salgadinho, Hospital Universitário ou Hospital de Doenças Tropicais), em caso de resultados positivos. A ação acontece em parceria com o Sesc, Fórum ONG Aids e Conselho Municipal LGBTQIA +.
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“O objetivo do nosso programa é sensibilizar a população primeiramente para a prevenção, que é o mais importante, e também para o diagnóstico precoce, uma vez que o HIV não demonstra muitos sintomas na sua fase inicial e só realizando um exame é que a pessoa consegue se descobrir portadora do HIV. Então, ser diagnosticado nessa fase é importante para que o tratamento seja iniciado e a gente evite o desenvolvimento da Aids e complicações como o óbito”, afirmou Gessyca Melo, técnica do Programa de IST/Aids e Hepatites Virais da SMS.
Segundo ela, os dados em Maceió são preocupantes, já que a prevalência maior está entre jovens de 20 a 34 anos “Por isso é importante conscientizar essa população para prevenção”. Outra população que preocupa são as gestantes, mulheres que amamentam e seus companheiros. “É importante que essas mulheres, no prénatal, realizem o exame como já é preconizado, mas que durante a amamentação do seu filho, caso ela não se previna contra o HIV com o uso de preservativo, ela realize a testagem de forma regular para evitar transmitir o HIV para seu filho”. Gessyca reforça que o exame para detectar o vírus HIV, Aids e ISTs deve ser feito uma vez ao ano. “O teste rápido é realizado em todas as unidades de saúde, cada unidade tem seu dia específico de oferta.
No PAM Salgadinho, é um centro de referência que funciona todos os dias para testagem. Uma vez que a pessoa seja diagnosticada com HIV, ela vai ser referenciada para um dos serviços que trabalham especialmente com esse agravo e lá ela vai fazer esse tratamento”, explicou.
“Quanto mais precoce for diagnosticado, melhor, porque tem várias pessoas que iniciam o tratamento e nunca desenvolveram nenhuma doença e nenhum sintoma, que vivem normalmente, trabalham e estudam. Isso depende muito do estágio em que a pessoa se encontra, da adesão a esse tratamento, que é super importante, mas elas podem viver normalmente’, finalizou.
Por causa da pandemia, a testagem e os diagnósticos de HIV-Aids foram afetados, mas, em 2022 voltou à normalidade. De acordo com o Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), unidade assistencial da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, Em 2020 foram registrados 317 novos casos. Em 2021, 329 novos casos foram notificados. De janeiro a novembro de 2022 foram 295 casos novos.
Dezembro Vermelho A Campanha Dezembro Vermelho foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.504/2017 como forma de gerar mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e tem o objetivo de chamar a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.
O movimento também visa conscientizar a população à respeito das ISTs, doenças causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo masculino ou feminino, com uma pessoa que esteja infectada
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