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Estragos causados por mineração devem afetar a Avenida Fernandes Lima

Engenheiro Abel Galindo diz que não há risco de vida para moradores, mas imóveis vão se desvalorizar

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				Estragos causados por mineração devem afetar a Avenida Fernandes Lima
Engenheiro Abel Galindo diz que não há risco de vida para moradores, mas imóveis vão se desvalorizar. Agência Senado

O raio da área afetada pela mineração da Braskem – que comprometeu mais duramente cinco bairros da capital – deve chegar à Avenida Fernandes Lima, no Farol, principal corredor de transportes de Maceió, num processo de acomodação do solo. O alerta foi feito pelo pesquisador, engenheiro civil e professor universitário aposentado Abel Galindo.

Durante inspeção esta semana na região que envolve a Rua Barão de José Miguel, no Farol, Galindo – um dos primeiros especialistas a associar o afundamento dos bairros à atividade de mineração da Braskem – declarou que os imóveis na região próxima à Avenida Fernandes Lima devem se desvalorizar, causando prejuízos financeiros aos proprietários, mas sem risco à vida dos moradores da área.

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“Aquelas minas estão afundando, a Braskem está aterrando elas, mas elas continuam afundando mesmo aterrando. E vão afundar por uns 10 anos, possivelmente. E como elas estão afundando, elas vêm tracionando toda a superfície do Pinheiro, de Bebedouro e do Farol, como é o caso da Rua Barão de José Miguel. Toda essa área foi tracionando, ou seja, foi puxada na direção das minas”, declarou Abel Galindo.

De acordo com o pesquisador, não há riscos à integridade dos moradores, mas é quase certo que a Fernandes Lima será afetada. “O risco é zero, não tem risco nenhum, mas o raio de afetação chega até a Fernandes Lima. Então, entre a Rua Belo Horizonte, no Pinheiro, e a Fernandes Lima, ali têm muitas edificações e residências afetadas, rachadas, por conta da mineração da Braskem”, explica.

Abel questiona o fato da Defesa Civil Municipal ter marcado como área afetada a que fica no bairro Pinheiro, limitando à Rua Belo Horizonte. “Mas a área afetada vai muito mais além. Ela (Defesa Civil) desconsiderou o resto, mesmo sabendo que a área afetada vai muito mais além, chega pertinho da Fernandes Lima”, completa Galindo.

O raio da área afetada é igual à profundidade da mina, esclarece Galindo, ao destacar que se a mina estiver a mil metros de profundidade então, o raio, que é um semicírculo, vai atingir bem perto da Fernandes Lima.

PREJUÍZO FINANCEIRO

“A medida que vão se afastando das minas, as fissuras vão diminuindo, mas não tem nenhum risco de vida não. O risco é zero, agora os imóveis todos perderam o valor. A própria Caixa Econômica e o Banco do Brasil não financiam nada ali. Para financiar eles marcam um quilometro além de onde está a área afetada, passando muito além da Fernandes Lima e vai bater na Pitanguinha”, finaliza.

As declarações do pesquisador Abel Galindo aconteceram durante inspeções esta semana, nas imediações da Rua Barão de José Miguel, no Farol, junto ao Defensor Público Ricardo Melro. Galindo esclareceu a causa das rachaduras nos imóveis situados na borda do mapa da mineradora, apontando a própria empresa como responsável pelos danos.

“Além disso, ressaltou (Galindo) o enorme prejuízo financeiro sofrido pelos proprietários, decorrente da significativa desvalorização imobiliária em toda a região afetada pelo afundamento. Segundo ele, que fez um profundo estudo, são cerca de 220 mil afetados, e não 50 mil”, declarou Melro, em sua postagem nas redes sociais.

MONITORAMENTO

Em nota, a Defesa Civil de Maceió informou que continua monitorando de forma ininterrupta toda a região afetada pelo afundamento do solo em decorrência da mineração. O órgão monitora a região por equipamentos de alta tecnologia que mede em milímetros a movimentação do solo. Além disso, realiza visitas periódicas por meio do Comitê de Acompanhamento Técnico, destinado exclusivamente para esse fim.

“Os dados coletados subsidiam as decisões do órgão que são chanceladas pela Defesa Civil Nacional (DCN) e pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). Até o momento não há dados que indiquem a necessidade de atualização do Mapa de Linhas de Ações Prioritárias (versão 5)”, diz Defesa Civil.

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