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Defensoria investiga se falta de medicamento tenha causado mortes por meningite

Em nota, Hospital Helvio Auto alegou que nenhum paciente chegou a óbito devido a ausência do remédio

A Defensoria Pública de Alagoas está investigando se as mortes de pacientes com meningite tem relação coma falta de 54 medicamentos e insumos que assola a farmácia do Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), localizado no Trapiche da Barra, em Maceió. O Conselho Regional de Medicina de Alagoas (CREMAL) realizou uma nova fiscalização sobre o caso na tarde desta quarta-feira (20) e confirmou a falta do remédio para a doença.

Segundo informações do defensor público, Daniel Alcoforado, durante a inspeção feita na unidade nessa última segunda-feira (18), a Defensoria já havia constatado a ausência do medicamento essencial para o tratamento da meningite - inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.

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"Foi constatado um cenário de desabastecimento de medicamentos, insumos e correlatos. Dentre esses, estão os medicamentos essenciais para o tratamento de doenças graves como a meningite. Um desses medicamentos, segundo infectologistas, é utilizado como primeira linha terapêutica no tratamento da doença. Daí a necessidade de se apurar se a eventuais mortes acontecidas em razão da meningite podem ter relação com a falta", disse.

Devido a suspeita, um pedido foi enviado ao CREMAL para que uma nova avalização na unidade hospitalar fosse feita. "A situação que está ocorrendo no Helvio Auto já é de descumprimento da decisão judicial. Nós queremos que as providências sejam tomadas de forma imediata", concluiu o defensor público.

ÀTV Gazeta, o presidente do Conselho, Fernando Pedrosa, revelou que os óbitos serão investigados. "Estamos com a equipe de fiscalização se deslocando ao hospital Helvio Auto para fazer essa verificação. A gente vai ver se, esses dois óbitos ou mais, tem correlação com os medicamentos que não estão lá."

Além disso, ele explicou que, caso a suspeita seja verídica, relatórios serão entregues à Defensoria, aos gestores da unidade hospitalar e ao Ministério Público Estadual (MPE).


				
					Defensoria investiga se falta de medicamento tenha causado mortes por meningite
FOTO: Assessoria

A Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), que é a administradora do Hospital Escola Dr. Helvio Auto, informou que já está providenciando os medicamentos para regularizar a situação. No entanto, nenhum prazo foi estipulado. A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas também se posicionou e afirmou que os pagamentos estão sendo efetuados.

Por meio de nota, o Hospital Helvio Auto alegou que nenhuma pessoa, diagnosticada com os diversos tipos de meningite, morreu pela falta de medicamentos na unidade. E que, todos os paciente admitidos, estão sendo tratados adequadamente com os remédios indicados.

Confira, a baixo, a nota do Helvio Auto na íntegra: 

NOTA OFICIAL DO HOSPITAL HELVIO AUTO SOBRE CASOS DE MENINGITE

O Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), unidade assistencial da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), informa que: 

- Nenhum paciente, admitido pelo Hospital Escola Dr. Helvio Auto, com suspeita dos diversos tipos de meningite, veio a óbito pela falta de medicamentos na unidade de saúde; 

- Os pacientes estão sendo admitidos e tratados adequadamente com os medicamentos indicados ao tipo de meningite diagnosticada (doença meningocócica, meningococcemia, meningite fúngica, meningite viral, meningite bacteriana);

- Em 2019, o Hospital Helvio Auto atendeu um total de 22 casos suspeitos dos diversos tipos de meningite. Deste total, 16 casos foram em janeiro e 6 casos até o dia 19 de fevereiro de 2019. Dos 22 casos suspeitos, 15 foram confirmados (12 confirmados no mês de janeiro e 3 até o dia 19/02/2019);

- Destes 15 confirmados,  3 casos evoluíram a óbito (2 em janeiro e 1 até 19/02/2019); Duas crianças vieram a óbito em janeiro. Uma criança de 9 anos deu entrada, em estado gravíssimo, na unidade no dia 03/01. Já no dia posterior, (04/01), necessitou de transferência para a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI) do Hospital Geral do Estado (HGE), falecendo naquela UTI. A outra criança que veio a óbito, também chegou à unidade hospitalar em estado gravíssimo, no dia 17/01 e menos de duas horas após a admissão veio a falecer. Esta, inclusive, iniciou terapia antimicrobiana, mas devido ao estado grave em que se encontrava, não reagiu à terapia medicamentosa.

- O óbito ocorrido em fevereiro foi de um adulto de 23 anos, que deu entrada na unidade no dia 05/02 em estado grave, indo a óbito no dia 07/02 com evolução súbita da infecção. O paciente foi tratado adequadamente com a terapia antimicrobiana indicada.

O Hospital Escola Dr. Helvio Auto ainda esclarece que todos os seus prontuários e documentos estão disponíveis para consulta e análise dos órgãos competentes e reitera que qualquer informação a respeito de números e agravos é emitida e validada pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) do hospital, que por sua vez, encaminha para a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

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