O conselheiro afastado do Tribunal de Contas de Alagoas, Cícero Amélio, foi o único réu a comparecer, na manhã desta quarta-feira (16), à audiência de instrução do caso Taturana no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). Embora convocados, os réus somente prestarão depoimento em outra data, por determinação dos juízes Helestron Costa e pela juíza Joyce Araújo, integrantes do Núcleo de Improbidade Administrativa do Judiciário alagoano. Apenas as testemunhas serão ouvidas nesta quarta-feira.
Amélio afirmou ser inocente e disse esperar que a "verdade apareça". "Vou ouvir, saber do pronunciamento e espero que, com a verdade sendo dita, as coisas tramitem e a gente com fé em deus resolva os problemas. Eu sou inocente e considero que sou totalmente inocente", afirmou.
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Já entre as testemunhas estão Luiz Gonzaga Mendes de Barros e Alari Romariz, ambos ex-servidores da ALE. De acordo com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Estadual (MPE), o esquema que desviou R$ 302 milhões dos cofres públicos acontecia por meio dos salários dos funcionários.
De acordo com o promotor José Carlos Castro, a expectativa é que a audiência confirme as provas. "É uma audiência muito importante, a instrução do processo principal gerado após a Operação Taturana. Nossa expectativa é que as provas sejam confirmadas e que a ação tenha sequência", destacou.
Ele também acrescentou esperar a condenação dos parlamentares e ex-parlamentares. "Nossa expectativa é a de condenação. Há provas muito robustas e consistentes e esperamos que ao final tenhamos a condenação dos acusados. A sociedade alagoana deseja ver um fim desse processo".
Deflagrada em 2007, a Operação Taturana desbaratou um esquema na Assembleia Legislativa. Segundo as investigações, deputados faziam empréstimos pessoais junto a financeiras e os valores eram pagos pelos cofres públicos, seja com verbas de gabinetes ou pela Mesa Diretora.