
Durante o júri popular que acontece nesta sexta-feira (6), o réu Albino Santos de Lima, o serial killer de Alagoas afirmou que cometeu o assassinato de Louise Gbyson Vieira de Melo após ser possuído pelo “fogo do arcanjo Miguel”. Segundo ele, seu corpo foi apenas um instrumento e o arcanjo seria o verdadeiro autor intelectual do crime.
Em seu depoimento, Albino disse que foi “escolhido” pela entidade divina para executar a vítima por causa de sua “habilidade para matar” e que, desde o início, estava sendo guiado pela voz do arcanjo. Ele afirmou que agiu sob ordens recebidas do arcanjo durante todo o tempo.
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O Ministério Público de Alagoas (MPAL), no entanto, desmontou a tese apresentada pela defesa. O promotor Antônio Luiz Vilas Boas, da 47ª Promotoria de Justiça da Capital, mostrou aos jurados o laudo pericial oficial que atesta que o réu é mentalmente são e plenamente responsável pelos seus atos no momento do crime.
O promotor reforçou o perfil psicológico traçado para o acusado, que responde a outras sete denúncias por crimes semelhantes e é tratado como um serial killer.
O caso em julgamento é o assassinato de Louise Gbyson Vieira de Melo, mulher trans de 25 anos, executada com um tiro na cabeça em novembro de 2023, no bairro Vergel do Lago, em Maceió. A acusação é de homicídio triplamente qualificado, com as qualificadoras de feminicídio, motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.