A invasão de plantas exóticas conhecidas como "baronesas" (Eichomia crassipes) tem se tornado um problema em evolução para a região do Baixo São Francisco, notadamente aos ribeirinhos dos municípios de Penedo e Piaçabuçu. A propagação da espécie tem prejudicado a navegação pela região, conforme chamou a atenção nesta quinta-feira (25) a ONG Canoa de Tolda.
A instituição, presidida pelo ambientalista Carlos Eduardo Ribeiro Júnior, divulgou material em seu portal (canoadetolda.org.br), como forma de chamar a atenção da população e dos órgãos ambientais para o problema. De acordo com a entidade, as ações de monitoramento da invasão das baronesas, plantas também conhecidas como "balseiros", é feita pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), mas a mais recente teria ocorrido em agosto de 2018, mesmo assim apenas na região de Paulo Afonso (BA), quando deveria ter ocorrido em toda a extensão até a foz do São Francisco, em Piaçabuçu. "É a configuração do São Francisco oficial, distante da realidade cotidiana das populações do baixo", relataram.
Leia também
Ainda segundo a entidade, a extensão da ocupação do rio pelos bancos de baronesas é cada vez maior, criando situações de bloqueio de canais, portos, vias navegáveis, comprometendo de forma significativa a navegação, sobretudo as travessias entre Brejo Grande (SE) e Piaçabuçu, além das linhas entre Neópolis (SE) e Penedo. Os bancos, por vezes, são tão grandes e pesados que arrastam tudo o que tem pelo caminho, a começar pelas embarcações", alerta.
O prejuízo à navegação pode ser registrado em imagem feita pelo "Doca Pescador", que mostrou uma grande embarcação atingida e arrastada por um banco da planta invasora na região de Brejo Grande.