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Família espera há três meses por liberação do corpo de homem morto em assalto

Rapaz de 23 anos morreu em uma troca de tiros com a PM após tentar assaltar uma bomboniere em União dos Palmares

A família de Fernando Pedro da Silva espera há mais de três meses pela liberação do corpo do homem, que morreu durante uma troca de tiros após suspeitas de tentar assaltar uma bomboniere, em União dos Palmares. O caso ocorreu em novembro do ano passado.

Na época do caso, a proprietária do estabelecimento comercial percebeu a presença do suspeito e acionou a PM. Ao chegar, a guarnição teria sido recebida a tiros e revidou.

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Em entrevista ao site BR-104, a mãe de Fernando, dona Maria Cícera, diz que o filho - que tinha 23 anos - era envolvido com diversos roubos na região e que ele não queria trabalhar. De acordo com ela, como o jovem não possuía identidade ou documento com foto, a liberação do corpo para sepultamento está comprometida.

A Gazetaweb entrou em contato com o Instituto Médico Legal (IML) e aguarda um posicionamento do órgão sobre o assunto.

Para a família de Fernando, a longa espera pela liberação do corpo é motivo de sofrimento para os entes queridos, que querem se despedir de forma digna.

"A gente não quer deixar enterrá-lo como indigente"

Imagem ilustrativa da imagem Família espera há três meses por liberação do corpo de homem morto em assalto
| Foto: Ivan Nunes/BR 104

Ao comentar o impasse para se despedir do filho, dona Maria Cícera se emociona ao falar dos netos, que, sem pai, estão passando fome.

“Os bichinhos todos passando fome, todos nus. Ontem mesmo fui levar cem reais para comprar fraldinha, leite para a menininha nova que ele tem. O outro pequenininho estava nu, despido lá. Eu disse: ‘Tem nada não, vou juntar umas roupinhas dos meus netos e vou levar para ele'”, disse a aposentada ao site BR 104.

Segundo Naslane dos Santos, viúva do suspeito morto durante o assalto, Fernando Pedro da Silva "fazia coisa errada para sustentar os filhos". Ela conta que, no dia em que ele morreu, a família estava com a energia cortada e sem gás para cozinhar.

"Ele foi fazer uma coisa que não era para fazer, para ligar a energia de casa e comprar o botijão, mas não era para ele ter feito isso”, pontuou a mulher, que tem três filhos pequenos.

Sem emprego, Naslane diz que tem tido dificuldade para sustentar os filhos e conta com a ajuda das avós paterna e materna das crianças. Apesar da situação, ela diz que o maior sofrimento atualmente é a angústia de não poder enterrar o corpo do marido.

“O que a gente quer mesmo é liberar o corpo dele para enterrá-lo, o restante, depois a gente corre atrás, porque já faz três meses que ele está lá e até agora nada. A gente não quer deixar enterrá-lo como indigente, pois, querendo ou não, ele tinha família”, afirmou.

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