
A reprodução simulada do crime que tirou a vida da adolescente Ana Clara Firmino da Silva, de 12 anos, no dia 3 de janeiro deste ano, vai ocorrer na noite desta quinta-feira (15), na cidade de Maravilha. Ela foi morta a facadas, no dia da festa da padroeira do município.
Segundo o promotor José Antônio Malta, o MP requereu a reprodução simulada com a presença dos acusados, da vítima sobrevivente e das testemunhas que presenciaram o fato.
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Conforme o promotor, há um jogo entre os três suspeitos sobre a responsabilidade deles no crime e, por isso, a necessidade da realização da reprodução simulada.
O Ministério Público de Alagoas (MP/AL) apresentou denúncia contra os dois jovens de 20 e 22 anos e a mulher de 25 anos, por feminicídio contra menor de 14 anos, além de tentativa de homicídio triplamente qualificado em relação ao segundo adolescente atacado, que sobreviveu.
De acordo com as investigações, o crime foi premeditado por um dos acusados, um jovem que nutria interesse amoroso pela vítima e ficou revoltado ao vê-la conversando com outro adolescente. Determinado a matá-la, ele e os comparsas simularam um assalto para que a execução parecesse um crime.
De acordo com o promotor, os dois adolescentes se acusam de terem agido por ciúmes.
Na madrugada do crime, Ana Clara, um adolescente e mais um casal de amigos estavam à porta de uma creche, após participarem da festa da padroeira da cidade. De repente, um carro prata estacionou no local e três pessoas desceram do veículo – dois homens e uma mulher.
Segundo a denúncia do MPE, enquanto um dos suspeitos iniciava uma sessão de espancamento, os outros deram ordem para que o casal corresse, garantindo que não houvesse interferência no assassinato.
O adolescente que ficou com Ana Clara no momento do crime ainda conseguiu reagir, acertando um dos agressores e fugindo mesmo após ser esfaqueado nas costas. Porém, Ana Clara não teve a mesma chance, sendo atingida nas costas.