
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, disse que teve a sinalização de que a contratação do técnico Carlo Ancelotti seria possível há cerca de 20 dias, quando o Real Madrid, clube do treinador, autorizou a confederação a conversar com o italiano – que ainda teria mais um ano de contrato com os espanhóis.
Desejo antigo do dirigente, Ancelotti já tinha negociado com a entidade meses atrás numa conversa que, na época, não se concretizou. Dessa vez, porém, com a liberação do Real e a possibilidade de ter o técnico já para a próxima rodada das Eliminatórias, no começo de junho, o acordo se deu – e foi anunciado na segunda-feira.
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– (O Real liberou) para poder falar e verificar. Depois os detalhes foram em relação ao tempo que ele poderia deixar o Real. Porque se ele avança até o Mundial de Clubes era uma situação que não dava. A CBF não ia esperar a liberação – disse Ednaldo ao UOL.

O dirigente afirmou também que a comissão técnica terá quatro profissionais que já trabalham com Ancelotti, mas não descartou que brasileiros também estejam na equipe. Além disso, confirmou que o treinador irá morar no Rio de Janeiro.
– Do contrato que vejo as pessoas falando e chutando, a única que acertou é que vai morar no Brasil e no Rio de Janeiro. O restante não tem um que bate. Se fosse uma prova de múltipla escolha a pessoa ia perder todas as alternativas.
Ancelotti será apresentado no dia 26 de maio, quando também apresentará sua primeira lista de convocados – para os jogos contra Equador e Paraguai, pelas Eliminatórias.
Até lá, Ednaldo ainda terá que lidar com uma disputa jurídica que pode afastá-lo do cargo de presidente da entidade. Opositores contesta a assinatura, supostamente falsificada, do ex-presidente Coronel Nunes em um acordo assinado em janeiro para pacificar a entidade e permitir a realização da eleição que, há pouco mais de um mês, deu novo mandato a Ednaldo.
Há um pedido de afastamento pendente de julgamento no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
O cartola tentou demonstrar tranquilidade sobre a questão:
– Sou resiliente. Quando há situação desse tipo, em que há inverdades, eu trabalho, eu continuo trabalhando. Dedico meu tempo ao trabalho. Quando trabalha, não fica procurando uma comoção de me sentir coitadinho. Sei como lidar com isso. Quanto às questões jurídicas, a CBF tem advogados de qualidade e eles trabalham para que situações injustas não possam acontecer.
Ednaldo está no Paraguai, onde nesta quinta será realizado o Congresso da Fifa. O presidente da CBF busca apoio político da entidade global para se fortalecer nessa disputa. Na terça, se reuniu com presidentes de federações no Rio com o mesmo objetivo.