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Quase 20 mil crianças foram assistidas pelo HGE em 2015

Entre os casos, pediatras apontam a falta de cuidado da família como causador de alguns acidentes

O Hospital Geral do Estado (HGE) atendeu 19.554 crianças em 2015, número superior ao registrado no ano anterior, 16.519. Este ano, nos meses de janeiro e fevereiro, já foram atendidas 3.442 crianças, o que indica uma continuidade no crescimento na assistência pediátrica, já que no ano passado foram registrados 2.732 somente nesses dois meses. Apesar de não existir quantitativo específico, os pediatras informam que entre os casos incluem vários envolvendo ingestão acidental de substâncias tóxicas.

Os números são do Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (Same) do hospital, que incluem vítimas de traumas e outros quadros clínicos. Mas em muitos casos, os pediatras avaliam que poderiam ser evitados se houvesse uma maior atenção dos pais sobre as ações realizadas pelos filhos durante as brincadeiras, ou até mesmo quando estão desocupados dentro de casa.

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"Não podemos generalizar, evidentemente. Assim como sabemos que a necessidade de trabalhar e executar os afazeres do lar atrapalham essa observação. Porém também não é novidade que um instante de descuido pode gerar uma queda e até a ingestão de algo tido como proibido. As crianças são curiosas e precisamos estar atentos a tudo", pontuou o pediatra Sérgio Costa.

Esse instante de descuido foi o que gerou um baita susto em Gleice Kely Silva Melo, mãe de um menino de cinco anos. "Ele pediu para brincar com o coleguinha na rua e eu não deixei, então eles foram para o quintal. Eu esqueci que havia em cima da cisterna uma garrafa com soda cáustica e, para mim, ele não conseguiria alcançar devido à altura que estava. Foi quando achei estranho o silêncio... De repente escutei o choro e o vi com a boca ensanguentada", recordou.

Para o desespero de Gleice, no momento do socorro ela não sabia o que fazer. "Coloquei água na boca dele e toda vez que isso acontecia eu o via gritando mais. Fiquei desesperada, chamei meu marido e imediatamente levamos a um hospital de Batalha, que nos encaminhou a Unidade de Emergência do Agreste e em seguida viemos ao HGE, onde meu filho encontra-se em recuperação sem risco de morte", disse.

Segundo o pediatra, casos que envolvem ingestão acidental de alimentos, remédios, objetos, materiais de limpeza e pilhas são comuns chegarem à emergência pediátrica do maior hospital de Alagoas.

"É já costume nosso atender casos assim diariamente. Com moeda engolida? Quase que em todo plantão chega uma criança. Esses fatos acontecem quando os pais deixam a moeda em cima da mesa, quando descartam um medicamento no lixo que está de fácil acesso a criança, quando o irmão maior brinca com o menor... Situações onde o perigo é muitas vezes esquecido", relatou Sérgio Costa.

Na grande maioria dos casos, a pediatra Adriana Caldas recomenda aos pais que procurem imediatamente o hospital quando acidentes como esses vierem a acontecer. "É preciso analisar a situação, realizar exames, verificar os danos causados; e em um intervalo de tempo breve. No caso da soda cáustica, por exemplo, o contato com a água ativa ainda mais a substância que pode corroer outros órgãos do aparelho digestivo. Então precisamos iniciar hidratação venosa, realizar endoscopia digestiva, inserir sonda alimentar e acompanhar o caso", explicou.

Em outros casos, como nos que envolvem ingestão de água sanitária, a médica indica a diluição por líquido. "Nunca deve forçar o vômito, pois o líquido tóxico teria que passar mais uma vez por órgãos que já estão danificados. O melhor mesmo é levar sempre a criança a um hospital para que o médico avalie o caso e indique o melhor tratamento", enfatizou Adriana Caldas.

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