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Homem é suspeito de jogar bomba em garagem de vizinhos gays

Comerciante, de 55 anos, foi detido ao tentar agredir jovem com canivete e faca, mas foi liberado após prestar depoimento

A Polícia Civil investiga um comerciante por suspeita de ameaçar um casal homossexual que mora no prédio ao lado da casa dele no bairro São Joaquim em Franca (SP).

Pedro Paulo da Fonseca, de 55 anos, chegou a ser detido na noite de segunda-feira (2), depois de jogar uma bomba na garagem dos vizinhos e tentar agredir um deles com uma faca. Ele foi liberado após prestar depoimento no Plantão da Polícia Civil.

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Com medo de que algo pior possa acontecer, o sapateiro Eduardo Rodrigues da Silva, de 35 anos, e o namorado, o cabeleireiro Igor Bellinazzi, de 22 anos, pretendem se mudar e estão procurando uma casa para alugar em outro bairro.

"Como a gente vive? Não consegui nem trabalhar direito, a gente tem medo. Nunca passei por isso, não tenho passagem na polícia, sou trabalhador. Nem dormi, fiquei atento. Estamos vendo outra casa para morar. Quem é ele para falar alguma coisa de nós?", disse Eduardo.

O sapateiro contou que mora no prédio atual há dois anos. Mas, há cerca de oito meses, os dois passaram a ser ameaçados com frequência pelo comerciante, que mora na casa ao lado com um irmão.

"Sempre foi verbalmente, ele dizia ?vocês têm que virar homem?, ?vou fazer vocês virarem homem?. Na segunda-feira, ele só não partiu para cima porque os policiais seguraram. Ele chegou batendo o podão no nosso portão", relembrou.

Eduardo disse que não se importou com os gritos e ofensas, mas acionou a PM depois que o vizinho jogou uma bomba caseira na garagem do edifício na noite de segunda-feira. Quando os policiais chegaram ao local, o comerciante ainda tentou agredir o sapateiro.

"Parecia que ele estava meio louco, não sei. Ele nem viu os policiais, foi com um canivete para cima de mim. O policial deu um golpe e conseguiu desarmar ele", relembrou Eduardo, destacando que, nesse momento, Pedro pegou uma faca que levava na cintura.

Um dos PMs tentou imobilizar o comerciante e sofreu um ferimento em uma das mãos. Pedro foi algemado e levado ao Plantão da Polícia Civil, onde prestou depoimento. Ele acabou liberado, mas responderá pelo crime de ameaça.

"O delegado me orientou a mudar do bairro, disse que esse cara sempre deu muito trabalho, tem uns 10 boletins de ocorrência registrados contra ele por perturbação, jogar bomba, xingar os vizinhos. Tem muito boletim de ocorrência contra ele", disse o sapateiro.

Ameaças

Pedro confirmou que jogou uma bomba caseira na garagem do prédio dos vizinhos, alegando que ele e o irmão também são ameaçados. O comerciante disse ainda que os dois têm relação com uma facção criminosa, mesmo reconhecendo não ter provas sobre a denúncia.

"O pessoal está ameaçando a gente, eu já tinha postado na internet. A polícia acabou me agredindo, achando que eu ia esfaquear os dois. Mas, eu não ia fazer isso, não. A gente está sendo ameaçado, querem tirar a gente da própria casa", afirmou.

O comerciante disse que se mudou do Amazonas para o interior de São Paulo em março deste ano e, atualmente, está desempregado, apesar de já ter trabalhado no setor de comunicação visual e também na construção civil.

"Eu contei a história, o delegado mandou tirar a algema de mim e me soltar. Eu voltei a pé, sem camisa, para casa. Agora, eu vou responder [ao inquérito] e vou abrir processo contra eles, porque estão ameaçando a gente. Não tenho medo deles, não", relatou.

O caso está sendo investigado pelo 2º Distrito Policial de Franca.

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