Funcionários da empresa Veleiro paralisaram novamente as atividades no início da manhã desta quarta-feira (15). Desta vez, além de cobrar o pagamento de salários atrasados, os rodoviários protestam contra demissões durante a pandemia do coronavírus. Somente por volta das 8h, os ônibus começaram a sair da garagem, situada no bairro Vergel do Lago.
"Mais uma vez, os trabalhadores foram surpreendidos com uma medida arbitrária da empresa. O empresário, agora, está usando um artigo da CLT, o 486, para dispensar os trabalhadores e estes receberem os salários e a indenização do governo. A gente sabe que eles estão se aproveitando deste momento de crise do coronavírus para usar esse artigo da CLT, que não está em vigor, já que existem medidas do governo, portarias publicadas, onde há uma linha para as empresas não demitirem ninguém, podendo reduzir os salários e a jornada de trabalho, mas sem demitir", afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Alagoas (Sinttro/AL), Sandro Régis.
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De acordo com informações repassadas pelaTV Gazeta, os rodoviários também cobram o pagamento do salário do mês de março, bem como o plano de saúde, além do repasse de pensão alimentícia, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Mais de 450 funcionários, dentre motoristas, cobradores e o pessoal da manutenção, encontram-se nessa situação. Apenas 16 linhas da empresa estão circulando na capital, durante o decreto de isolamento social do governo do Estado. Conforme os colaboradores, os ônibus só devem sair da garagem depois de uma negociação com a empresa. As linhas afetadas com a paralisação são: Circular 1 e 2; Joaquim Leão/Ponta Verde; Ponta Verde/Vergel; Usineiro/Trapiche; Pontal/UFAL; Pontal/Iguatemi e Cruz das Almas/Trapiche.
AGazetawebtentou contato com representantes da empresa Veleiro acerca do problema, mas não obteve retorno.
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