A duas semanas do Natal, o bom velhinho chegou para pouco mais da metade das crianças que participam do projeto Papai Noel dos Correios. O órgão recebeu, este ano, mais de oito mil cartinhas com pedidos de presentes, mas, até esta segunda-feira (11), só cerca de 4.500 foram escolhidas.
Segundo o coordenador da campanha, Carlos Gonçalves, a iniciativa enfrenta dificuldade para atingir o objetivo. "Em comparação ao ano passado ainda sentimos essa dificuldade. Em 2017, tivemos cerca de sete mil cartas, vindas de todo o Estado, e conseguimos quase o total", expõe.
Leia também
Ele acredita, porém, que a meta pode ser alcançada até o encerramento das doações, no dia 22 de dezembro. "Ao mesmo tempo em que estamos angustiados, alimentamos a esperança achando que na reta final a gente possa conseguir pelo menos 90% desse universo, já que o brasileiro costuma deixar para a última hora".
Participar é simples. Quem quiser ajudar o projeto pode tanto escolher uma cartinha quanto deixar o presente no escritório do Papai Noel, localizado no Maceió Shopping, na Mangabeiras. Ao escolher uma criança, é necessário fazer um cadastro e se comprometer a atender o pedido dela.
"As cartas ficam expostas e a pessoa pode escolher quantas quiser, aquela que mais emociona. Aí é só fazer um cadastro, que não demora nem três minutos, e essa pessoa assume a responsabilidade de trazer o presente. Trazendo o presente o quanto antes o Correio entrega", afirma Carlos.
Como a campanha foi iniciada ainda no dia 16 de novembro, várias presentes já foram entregues. O coordenador alerta que é preciso ficar atento ao prazo. "É o presente chegando e os Correios entregando. O escritório funciona até o dia 22, mas o ideal é não deixar para cima da hora, porque senão a criança só vai receber depois do Natal".
Realizada há 28 anos, a iniciativa nasceu em Alagoas e hoje acontece em todo o Brasil. No ano passado, mais de um milhão de pedidos foram atendidos - e o objetivo é aumentar estes números agora em 2017. Os desejos são os mais variados, indo de brinquedos a cadeira de rodas, computador, emprego para os pais.
"Quem não tem tempo de passar aqui pode pedir para um parente trazer uma boneca, um carrinho, que vai ser muito bem recebido", acrescenta Carlos. "A chegada do Natal mexe com todo mundo, principalmente na questão de solidariedade. Que a gente possa dividir esse sentimento tão fraterno não só com nossos familiares, como é habitual, mas com os outros irmãos que não têm oportunidade iguais às nossas".
É exatamente isso que vem fazendo seu Manoel Odilon, que enfrenta um câncer. "Estou fazendo tratamento e não quero ficar prostrado, doente. Sempre que posso estou na rua. Peguei duas cartas e trouxe um carro e uma boneca. Esse ano resolvi ajudar as pessoas como eu posso. Isso faz muito bem pra gente", aponta.
App Gazeta
Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos
