Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > GERAL

Bares e restaurantes do Rio não têm caixa para atravessar crise

Sindicato diz que crise causada pelo coronavírus gera demissões

O Sindicato de Bares e Restaurantes do Município do Rio de Janeiro (Sindrio) avalia que a crise causada pelo coronavírus já está gerando demissões e pode trazer consequências permanentes para empresas do setor, que não possuem caixa para honrar seus compromissos em um cenário de receitas reduzidas ou zeradas. Com as orientações de distanciamento social e restrições ao funcionamento dos estabelecimentos, fundamentais para a prevenção da doença, restaurantes e bares podem ir à falência e fechar mais postos de trabalho se não houver socorro governamental.

O alerta é do presidente do sindicato, Fernando Blower, que defende crédito emergencial para dar capital de giro aos estabelecimentos e auxílio social para compensar a queda na remuneração de garçons e outros profissionais do setor, que recebem de acordo com o movimento de clientes.

Leia também

"O impacto vai ser imediato. As empresas operam com margens muito estreitas e não têm caixa, porque estamos vindo de três anos de crise. No momento em que essa empresa encerra atividades, ela não tem caixa para mais nada, e se ela não paga nada, não vai pagar aluguéis, impostos, banco, funcionários e fornecedores, que também têm funcionários e compram da indústria", disse ele, que afirmou que demissões já estão acontecendo. "Dia 5 tem folha de pagamento e vamos perceber claramente qual vai ser a situação".

O governo do estado do Rio de Janeiro determinou na noite de ontem que bares, restaurantes e lanchonetes só poderão funcionar com 30% de sua capacidade de público, o que não inclui entregas e pedidos para viagem. A decisão faz parte dos esforços para manter as pessoas em casa e impedir a circulação do coronavírus, que é altamente contagioso.

Blower explica que já neste fim de semana dezenas e talvez centenas de restaurantes vão preferir fechar as portas, porque entregas não dão conta de custear seu funcionamento.

"Acredito que a maioria dos restaurantes vai encerrar as atividades. É o que a gente já está levantando. O delivery [serviço de entrega] não é a solução do problema, é um paliativo. As únicas empresas que conseguem se manter são aquelas que já nasceram exclusivamente para delivery, porque são formatadas para isso. Não têm um salão, não têm um bar e não têm toda uma estrutura. Restaurantes padrão têm no delivery um complemento. Nunca foi a sua principal fonte de receita".

O presidente do sindicato conta que o problema se agrava porque muitos fornecedores de insumos passaram a cobrar pagamento à vista, diante das perspectivas ruins do mercado. "Estão com medo de tomar um calote. Mas quem está com dinheiro para comprar à vista?" questiona ele, que faz questão de pontuar que é favor das medidas de prevenção e do funcionamento dos serviços de delivery.

Socorro econômico

Medidas de ajuda a empresários que terão seus negócios paralisados ou reduzidos pelas medidas de prevenção foram anunciadas recentemente pelo governo do estado do Rio de Janeiro e pelo governo federal.

O Palácio Guanabara divulgou que vai abrir uma linha de crédito de R$ 320 milhões para microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas terem capital de giro para atravessar a pandemia. A expectativa do governo é que seja possível evitar um aumento na taxa de desemprego, um maior prejuízo econômico e, em especial, a disseminação do vírus.

No âmbito federal, o Ministério da Economia anunciou que vai injetar R$ 147,3 bilhões na economia nos próximos três meses. Segundo o ministro Paulo Guedes, até R$ 83,4 bilhões serão aplicados em ações para a população mais vulnerável, até R$ 59,4 bilhões para a manutenção de empregos e pelo menos R$ 4,5 bilhões para o combate direto à pandemia.

Em relação à manuteção de empregos, o governo deve isentar os empresários do pagamento de FGTS por três meses e reduzir em 50% as contribuições para o Sistema S.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas