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Rita Bove, do Botafogo, relata preconceito e aponta dificuldades no futebol feminino

Atleta é a principal contratação do Alvinegro para 2025


			
				Rita Bove, do Botafogo, relata preconceito e aponta dificuldades no futebol feminino
imagem cameraRita Bove, jogadora do Botafogo, em partida contra o Pérolas Negras, na Copa Rio Feminina. Arthur Barreto/Botafogo

Principal reforço do Botafogo feminino para esta temporada, a meia Rita Bove vive sua primeira experiência no futebol carioca. Com passagens vitoriosas por Santos, Grêmio e Seleção Brasileira, a jogadora de 34 anos falou ao Lance! no 'especial de Dia da Mulher' e falou sobre os desafios que ainda enxerga na modalidade.

Além de atleta, Rita é formada em Educação Física, com especialização em Fisiologia do Exercício. Anunciado em fevereiro como a principal contratação do Alvinegro para 2025, a jogadora já entrou em campo em duas oportunidades: vitória de 6 a 0 sobre o Pérolas Negras e o empate em 1 a 1 com o Fluminense na Copa Rio Feminina.

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Em entrevista ao Lance!, a meio-campista falou sobre as principais dificuldades que enxerga como jogadora de um esporte predominantemente feminino. As diferenças, apesar de estarem diminuindo com o tempo, ainda são muitas.

– Para nós mulheres é como se tivéssemos que provar todos os dias, nossa capacidade e entendimento sobre o futebol em si. É uma autoafirmação diária. As diferenças se encontram em estruturas de trabalho, calendário de competições reduzidas, eventos menos expressivos, premiações, salários, enfim, quando comparado aos homens, as diferenças são gritantes. Mas aos poucos vamos transformando e moldando nosso próprio caminho.

Rita respondeu sobre ⁠como pode ter fim a diferenciação e o machismo enraizado sobre a presença da mulher no futebol. Para ela, o trabalho tem que começar desde a infância, com incentivo à modalidade nas escolas.

– Essa diferenciação que vivemos dentro do esporte, ainda é algo muito cultural. Está pautado em paradigmas e estereótipos que foram criados ao longo dos anos dentro de nossa sociedade. Obviamente já vemos mudanças significativas nesse processo, mas ainda sim é um trabalho de "formiguinha" eu diria, é dia após dia, e sem dúvidas a educação e o respeito são os principais caminho para tal. Além do mais, o aumento aos incentivos à prática esportiva e a criação de oportunidades mais igualitárias para meninos e meninas desde a infância, precisa ser colocada em pauta. Quem sabe dessa forma a presença de mulheres dentro do futebol se torne algo cada vez mais "normal" em todos os setores e funções.

Além dos dois títulos com o Tricolor Gaúcho, a jogadora também tem no currículo uma Libertadores e um Campeonato Paulista pelo São José, além de uma Copa Paulista com o Santos. Segundo Rita Bove, o preconceito enraizado no esporte chegou a afetar, e contou ao Lance! um episódio que a marcou.

– Sim, já vivi diversos episódios de preconceito pelo simples fato de ser uma menina/mulher que joga futebol. Posso relatar aqui um episódio que vivi na infância, dentro da escola, na aula de educação física, quando solicitei ao professor que pudesse jogar futebol junto com os meninos, uma vez que os meninos jogavam futebol e as meninas ficavam num canto jogando dama ou vôlei. A resposta simplesmente foi um não, acompanhado de um "onde já se viu, menina não joga futebol". Aquilo me chateou muito, me levou até certo ponto a me envergonhar de mim mesma, por querer algo que não seria tradicional ao meu gênero. Mas em nenhum momento desisti de lutar por aquilo que eu queria. E anos após me tornar uma atleta profissional de futebol, reencontrei este mesmo professor, do qual me abraçou e disse estar muito feliz em ver que segui o caminho no esporte e que hoje me acompanha em minha carreira. Isso me levou a conclusão de que a presença, cada vez mais frequente, de exemplos de mulheres no futebol, pode sim influenciar positivamente a forma de pensar das pessoas em relação ao fato.

Após empate sem gols no clássico contra o Vasco, o Botafogo se prepara entrar em campo contra o Flamengo, na quarta-feira (12), pela sétima rodada da Copa Rio Feminina, às 16h (de Brasília). O Glorioso é o segundo colocado, com cinco pontos, atrás apenas do Fluminense, com oito.

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