O técnico Renato Gaúcho se manifestou publicamente após a polêmica coletiva de imprensa que sucedeu o empate entre Grêmio e Cruzeiro por 1 a 1, na última quarta-feira (27), no Mineirão, pela 35ª rodada do Brasileirão. Através de uma publicação nas redes sociais, o treinador tricolor negou o tom de ameaça e "traduziu" o que quis dizer com a declaração.
Renato não chegou a pedir desculpas pela fala polêmica, interpretada como uma ameaça à imprensa, mas tentou justificar o episódio, que repercutiu muito mal no noticiário.
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- Não sou de fazer ameaças. Sou contra qualquer ato de violência e quem me conhece sabe muito bem disso. Então, vou tentar explicar o que eu quis dizer ontem. O que vemos cada vez mais no futebol é a total falta de respeito por parte, principalmente, de jornalistas identificados. "O jogador tal é um lixo, não pode vestir a camisa desse ou daquele time". "Esse jogador é uma m… esse treinador tem de ser demitido". Entre muitas outras ofensas feitas todos os dias. Será que é fácil para os filhos dos jogadores, para as famílias dos jogadores, ouvir esse tipo de coisa? Como será que é a vida dos filhos dos jogadores, dirigentes, treinadores, quando esse tipo de coisa acontece? Ou será que do lado de cá ninguém tem família? O que aconteceria se durante uma entrevista um profissional do futebol respondesse assim: "Acho que seu chefe é muito ruim", "Como a sua emissora tem coragem de ter você como profissional?", como sua família se sentiria? Como seus filhos ficariam na escola? Foi isso que eu quis dizer. Repito. Não ameacei ninguém. Sou contra qualquer tipo de violência, mas é preciso trabalhar com respeito - diz o texto publicado pelo treinador.
O que disse Renato Gaúcho?
O atual comandante da equipe tricolor subiu o tom contra a imprensa ao falar sobre o atual momento do Grêmio após o empate com o Cruziero. Durante a coletiva pós-jogo, o treinador citou até filhos e família de jornalistas.
O fato aconteceu após o técnico se mostrar incomodado com a postura de alguns membros da imprensa. Para ele, esses profissionais estariam tentando "jogar a pessoa dele contra a torcida do Grêmio".
- Se continuarem mentindo, vou dar os nomes aos bois, vou atacar também, chamar alguns de mentirosos e covardes. Estão se aproveitando da situação do Grêmio. Vocês também têm família, filhos no colégio e andam por aí. Os torcedores conhecem alguns de vocês. Vocês querem que a gente passe por dificuldade? Alguns de vocês vão passar também - disse o treinador, antes de ameaçar não participar mais de entrevistas coletivas:
- Não tenho medo de ninguém da imprensa. Não preciso de nenhum de vocês. Eu respeito e sou profissional. Se vocês forem profissionais comigo. Caso o contrário, esta será a minha última entrevista. Se continuarem inventando história sobre meu grupo, de presidente e treinador, vai estar o auxiliar aqui no próximo jogo.