Longe de repetir suas melhores atuações, João Fonseca se despediu, neste sábado, na terceira rodada de Roland Garros. Número 65 do mundo, o brasileiro pouco incomodou o quinto do planeta, o britânico Jack Draper, de 23 anos, que venceu por 6/2, 6/4 e 6/2. Aos 18 anos, foi a primeira participação do carioca no Grand Slam francês, que o levará ao melhor ranking: 54º.
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O jogo deste sábado
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Sem a mesma intensidade das partidas anteriores, sem encontrar seu melhor jogo e cometendo alguns erros, João Fonseca não ofereceu muita resistência no primeiro set deste sábado. Por outro lado, o rival foi muito eficiente no contra-ataque e mais paciente que o brasileiro. Tanto que foi a favor do britânico o primeiro break do jogo, no terceiro game. Draper quebrou o saque de João Fonseca e, em seguida, serviu para abrir 3/1. Três games depois, o número 5 do mundo conquistou nova quebra e fez 5/2. Na sequência, o favorito fechou a primeira parcial, que durou 28 minutos, por 6/2.
O brasileiro começou a segunda parcial confirmando o serviço. E fez 3/2, sem quebras. No 3/3, o brasileiro salvou os dois primeiros breaks do set. O primeiro deles com um voleio curto. Mas, na terceira chance que teve nesse game, com um erro não-forçado do brasileiro na rede, Draper conquistou a quebra. Depois, sacou para abrir 5/3. João Fonseca, com um ace, diminuiu a vantagem do oponente. O britânico sacou no décimo game, salvou os dois primeiros breaks do carioca em todo o jogo, mas fechou a parcial em 6/4.
João Fonseca começou o terceiro set novamente nas cordas, sacando em 15/40, chegou a salvar os dois primeiros breaks, mas o rival voltou a quebrá-lo. Mantendo a regularidade e caprichando nas curtas, Draper repetiu a quebra no terceiro game e fez 3/0. Sacando em 0/4, o brasileiro salvou dois breaks. O pupilo do técnico Guilherme Teixeira também sacou em 1/5 e seguiu na partida. Mas, em seguida, o quinto do mundo, sem sustos, fechou o jogo.
As duas primeiras rodadas
Pelo que se viu até aqui, nas duas primeiras rodadas, o pupilo do técnico Guilherme Teixeira reencontrou seu melhor tênis. Que o digam o polonês Hubert Hurkacz, 28º do mundo e ex-top 6, derrotado na estreia, e o francês Pierre-Hugues Herbert (147º), superado na segunda rodada. Duas convincentes vitórias, sem perder sets, feito, com a idade do brasileiro, que não acontecia desde 2005, quando o recordista espanhol Rafael Nadal venceu o primeiro de seus 14 troféus. Entre os tenistas do Brasil, desde 1963, com a lenda Thomaz Koch, que nenhum compatriota tão jovem triunfava tanto na capital francesa.
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A exemplo do britânico, o brasileiro também vive a melhor temporada da carreira. Em março, em Indian Wells, Draper, então o 14º do mundo, impôs a João Fonseca sua primeira derrota no Masters 1000 de Indian Wells, na segunda rodada, na quadra rápida. O tenista europeu, por sinal, venceu, naquela semana, o troféu mais importante da carreira, o primeiro desse nível de torneio.
Essa é terceira participação de Draper na capital francesa e a primeira vez que ele passa da estreia. Já o pupilo do técnico Guilherme Teixeira está debutando na competição. Em Grand Slams, a semifinal do US Open de 2024, na quadra rápida, é o maior feito, até aqui, do britânico.
Em 2025, no saibro, Draper, por ora, só perdeu para o norueguês Casper Ruud, na decisão em Madri, e para o campeão espanhol Carlos Alcaraz, nas quartas do Masters 1000 de Roma. Até agora, são 10 vitórias em 12 jogos nesse piso no ano, incluindo os triunfos nas rodadas iniciais na capital francesa. Em janeiro, o britânico disputou a primeira de suas três finais no ano até aqui.
Será a segunda vez que o número 1 do Brasil busca a revanche contra um adversário neste ano. Em janeiro, João Fonseca perdeu para o francês Ugo Humbert, pela Copa Davis. Dois meses depois, o carioca deu o troco, na segunda rodada do Masters 1000 de Miami. Ambos os jogos na quadra dura.
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