Jean Todt foi, possivelmente, a pessoa mais próxima de Michael Schumacher na Fórmula 1. Durante os 11 anos em que esteve na Ferrari, o heptacampeão mundial foi sempre acompanhado do mandatário francês, hoje presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo). Nesta segunda-feira, em Paris, Todt participou da inauguração do Hall da Fama da FIA, falou sobre a parceria com o alemão e lembrou o primeiro título juntos.
- Eu lembro quando ele estava guiando pela Ferrari, e há duas coisas que quero mencionar. Em 2000, depois de 21 anos, a Ferrari foi campeã com Michael. Eu o levei para o pódio e disse: "Michael, nossa vida no automobilismo nunca mais será a mesma". Claramente, aquele dia em Suzuka foi o dia mais forte na minha carreira.
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- Outra coisa que mostra como era Michael: quando ele estava terminando a temporada de 2000 como campeão, nós estávamos começando a temporada de 2001. Ele me perguntou, bem timidamente, ele era um cara tímido. Parecia arrogante, mas era tímido. Ele me perguntou: "você me permitiria fazer alguns testes em Fiorano para eu ter certeza que ainda estou apto a guiar?". Ele estava sempre cheio de dúvida, se era um bom piloto ou não. Ele fez o teste, e não foi muito mal...

- Nós sentimos falta de Michael. Ele está lá, ainda lutando. Estou feliz em ter Sabine aqui, cuidando dos negócios da família. Eu queria que Mick estivesse aqui nesta noite, mas ele está fazendo alguns testes na Espanha, enquanto Corinna está nos EUA. Uma luta está acontecendo. Michael é uma pessoa muito especial, uma pessoa especial para o esporte a motor. Ele é especial para mim, um amigo.