Apenas o 17º colocado no Mundial de Pilotos na temporada 2015, Fernando Alonso espera que o próximo ano lhe reserve mais motivos para comemorar. Sem um carro competitivo na Mercedes, o espanhol acumulou abandonos e posições baixas no grid, se irritou em vários momentos ao longo do campeonato e expôs publicamente sua insatisfação. Com contrato ainda vigente, seguirá na escuderia, mas deixando claro que é preciso mudar para voltar a vencer.
"As medidas que temos que tomar no próximo ano para sermos competitivos são bastante extremas. Para os grandes problemas são necessárias grandes soluções, e creio que já ajudei com grandes soluções", disse Alonso, em trecho de entrevista que ainda será veiculada pela rede BBC.
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Com 11 pontos conquistados (o campeão Lewis Hamilton acumulou 381 ao longo das 19 etapas), Alonso reclamou muito do motor desenvolvido pelos engenheiros da equipe. No GP do Japão, por exemplo, o espanhol queixou-se que a potência da peça era semelhante ao motor de um GP2 e classificou a situação como vergonhosa.
Mesmo assim, o bicampeão mundial também admite sua parcela de responsabilidade pelos resultados adversos e vê os tropeços como desestimulantes.
"Não creio que dei o melhor de mim. Tive algumas boas provas, mas aqui e ali, sem consistência. (...) Tem que sentir-se um pouco competitivo para desfrutar. Quando não se é suficientemente rápido é difícil aproveitar, sente-se mais frustração do que diversão".