Uma situação, no mínimo grave, abalou as estruturas do futebol nacional nessa quinta-feira (12). Veio a tona que o zagueiro do Zumbi, Gabriel, foi assediado por um agente digital, chamado Diego Rodrigues, para que o jogador entregasse determinado número de escanteios durante o confronto entre o clube alagoano e a Ferroviária, na Copa São Paulo de Futebol Jr.
Prontamente, o atleta comunicou a situação para o presidente do Pantera Verde, que registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil de São Paulo. A Gazetaweb teve acesso as mensagens do aliciador com o jogador, repassadas pelo departamento comunicação do clube.
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A primeira sondagem aconteceu ainda antes do clube viajar para Araraquara, no interior de São Paulo. Diego Gonçalves questionou a situação financeira da família de Gabriel e, logo após, perguntou se o jogador estaria interessado em um ganho financeiro.

A proposta de Diego foi para que Gabriel fizesse ao máximo que a partida atingisse o número de 11 escanteios, no mínimo. A situação fazia parte de um esquema de sites de apostas, onde é possível jogar dinheiro em diversas situações durante as partidas de futebol, inclusive, escanteios.
Além de ter feito a proposta, o aliciador deixou claro que o jogador poderia ganhar pelo menos R$ 8 mil, já que ainda tinha mais duas partidas para realizar, contra Corinthians e Fast Clube.


Diego Fernandes pediu que toda a situação ficasse em sigilo. Contudo, o zagueiro do Zumbi desconversou, enquanto o agente seguiu persistindo e questionando se poderia fechar o negócio. A partida aconteceu no último dia 6, com vitória do Pantera por 1 a 0, e o número de 11 escanteios não foi batido.

Diego tinha um perfil no Instagram, onde se classificava como agente digital, correspondente bancário e corretor de créditos. Porém, o perfil do assediador foi desativado da rede social nesta sexta (13).
Respaldando seu jogador, o Zumbi lançou uma nota oficial na noite dessa quinta (12), onde afirmou que não compactua com qualquer tipo de manipulação de resultados, além de ter afirmado que toda a denúncia já está feita. O caso está sobe responsabilidade da Polícia Civil de São Paulo, que já está investigando a situação.
O aliciador deve ser ouvido pelos órgãos competentes na próxima segunda (16).