
Há algo de naturalmente cinematográfico nos motéis brasileiros: letreiros de neon que brilham na noite, entradas discretas que resguardam identidades e quartos temáticos que evocam fantasia. Esse cenário, tão comum quanto misterioso, inspirou a diretora britânica naturalizada brasileira Rachel Daisy Ellis a criar Eros, documentário que estreia nos cinemas com uma proposta ousada: revelar o que se passa por trás das portas fechadas de um motel.
A ideia do filme nasceu de uma experiência pessoal. Ao chegar ao Brasil há mais de duas décadas, Rachel foi levada a um motel e ficou intrigada com a estrutura do lugar. “É visível na paisagem urbana, mas esconde totalmente quem entra ali”, conta.
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Anos depois, reflexões sobre sexualidade e relacionamentos reacenderam o interesse. Durante uma filmagem experimental, ela percebeu algo essencial: mesmo que o motel esconda os corpos, os sons atravessam as paredes com gemidos, conversas, e até risos. “Quem são essas pessoas?”, ela se perguntou. A partir daí, surgiu o conceito: e se elas se filmassem?
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