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Na CCXP, quadrinista alagoano Pablo Casado é um dos destaques do Artists’ Valley

Único artista de Alagoas no espaço nobre do evento, ele fala da trajetória e reflete sobre a cena local


			
				Na CCXP, quadrinista alagoano Pablo Casado é um dos destaques do Artists’ Valley
Acervo pessoal

Sentado à mesa e rodeado por quadrinhos, Pablo Casado conversa com amigos e faz novos enquanto apresenta as obras que escreveu, na CCXP, em São Paulo. O megaevento começou nessa quinta-feira (5). Ele é coautor de Mayara & Annabelle, Soul Ink e Sabor Brasilis, e marca presença no evento desde 2014, quando houve a primeira edição.

Por conta disso, fica fácil perceber quando uma obra sua ou uma variação dela está desfilando pelos corredores com alguma pessoa — uma lembrança do que já foi feito e do que foi conquistado no período. Dessa vez, por exemplo, uma senhora caminhava com a filha e usava uma camisa preta de Mayara & Annabelle lançada em 2022.

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“Não somos muitos, mas estamos por aí, aquela mosquinha chata no pé do ouvido no imenso cenário da cultura pop de gibi do Brasil. Vender tudo é um sonho pra gente. Somos autores que estão ali numa faixa que vende bem, mas não somos best best-sellers do evento. Nosso jogo sempre foi o do médio e longo prazo”, explicou ele à Gazeta.


			
				Na CCXP, quadrinista alagoano Pablo Casado é um dos destaques do Artists’ Valley
Pablo Casado e Talles Rodrigues, criadores da série 'Mayara & Annabelle'. Acervo pessoal

O carro chefe do alagoano é a série Mayara & Annabelle, que tem como cocriador o desenhista Talles Rodrigues. Ela é publicada pela editora Conrad e teve um novo volume lançado no primeiro semestre, chamada Conflitos Internos Parte 1.

A CCXP é um dos eventos mais aguardados por Pablo. Os motivos, no entanto, vêm mudando com o tempo e com o novo panorama do mercado, com grandes produções que ganham a maior parte da atenção do público.

“Acho que já foi mais pelo retorno financeiro e pelo contato com o público. Mas sinto que houve uma mudança nos últimos anos e uma das coisas que aconteceu é que o público de quadrinho nacional diminuiu. E esse novo público que domina o evento, mais interessado nas grandes marcas e produções internacionais, é mais difícil de consumir o nosso produto”, afirmou.


			
				Na CCXP, quadrinista alagoano Pablo Casado é um dos destaques do Artists’ Valley
CCXP 2024 deve receber mais de 300 mil pessoas neste ano. Acervo pessoal

Neste ano, o evento expandiu e se consolidou como uma vitrine para marcas de diversos segmentos. Serão 120 no total, um recorde. Para os organizadores, a CCXP não pode ser mais considerada uma feira, mas um festival. Estúdios como Warner Bros. e Paramount compartilham espaço com estandes de marcas como Banco do Brasil, Bis, Cup Noodles e Heineken, entre outros.

Segundo Pablo, a ideia de ‘vender tudo’ o que leva para o evento é um sonho. A ideia é conseguir que o público os procure após o evento, com mais calma.

“Não tenho uma média de visitantes na cabeça. Depende do dia. E a gente está sempre conversando com os outros quadrinistas pra saber o que eles estão achando do evento, se está bacana, e com o próprio público também, com aqueles que se dispõem a trocar uma ideia”.

Na edição de 2023, o evento contou com a presença de 287 mil pessoas, e para 2024, espera-se um público de 300 mil. No ano passado, foram gerados 20.490 empregos diretos e indiretos, movimentando R$ 900 milhões na economia de São Paulo, sendo R$ 547,3 milhões diretamente. Em média, cada visitante gastou R$ 930, excluindo a alimentação.

ALAGOAS NA CENA NACIONAL


			
				Na CCXP, quadrinista alagoano Pablo Casado é um dos destaques do Artists’ Valley
Cortesia

O número de autores alagoanos, por outro lado, parece estar diminuindo. Pablo não se considera resistente e, antes de ser questionado a respeito, admitiu que sequer lembrava. A análise do mercado, porém, vem fácil: às vezes é preciso priorizar outras fontes de venda para garantir a subsistência.

“Dificilmente lembro, nessas horas, da minha condição de ser um dos poucos alagoanos com expressividade no cenário nacional. O que é triste, porque isso significa que a produção no estado é pouca, e os artistas que temos precisam priorizar outras fontes de renda ou mesmo optar por trabalhar para fora. Tem ficado cada vez mais difícil participar da CCXP, seja pelo processo de seleção, seja por causa dos custos envolvidos. Não é algo que dá pra se fazer só por amor aos quadrinhos”, contou.

Apesar disso, pelo amor que começou ainda na infância, ao comprar sua primeira edição de um quadrinho do Homem-Aranha, ele seguiu. Pensou que seria desenhista, mas entendeu que gostava mais de escrever.

“Participei de um coletivo de quadrinistas em Maceió que me ajudou a manter a chama acesa e foi quando participei dos meus primeiros eventos, como o FIQ em Belo Horizonte em 2003. Depois disso, eu nunca mais parei, só fui. E meio que as coisas vão dando certo quando precisam.”

Diversos nomes de relevância internacional foram confirmados para a CCXP 24, como Matt Smith, Anya Taylor-Joy, Miles Teller, Ana de Armas, Norman Reedus, Sandra Oh, Patrick Dempsey, Giancarlo Esposito, Sarah Michelle Gellar, Adam Scott, James Marsden, Christian Slater, entre outros.

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