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Com a internet, crianças têm acesso precoce a conteúdo adulto

Segundo relatório irlandês, crianças a partir de 6 anos já estão em contato com os vídeos que trazem esse tipo de conteúdo na internet

O contato cada vez mais precoce com a internet tem causado um grande impacto na vida das crianças. Segundo a Irish Society for the Prevention of Cruelty to Children (ISPCC), ou Sociedade Irlandesa para a Prevenção da Crueldade contra Crianças, em tradução livre, crianças a partir de 6 anos de idade já têm acesso a conteúdo pornográfico na rede.

O relatório anual da ISPCC revelou que, em 2015, foram mais de 420 mil chamadas em busca de ajuda. O local possui a "Childline", linha para a qual crianças e jovens de até 18 anos podem ligar para falar sobre seus problemas, conversar e pedir conselhos. Voluntários treinados para ajudar atendem ás chamadas. Segundo a instituição, as pessoas os procuram por motivos que vão desde a baixa auto-estima até a sexualização precoce.

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"Quando pergunto aos voluntários da Childline o que os preocupa eles respondem, sem hesitar, que é o fato de as crianças estarem usando pornografia e de falarem com uma linguagem altamente sexualizada", disse Grainia Long, CEO da ISPCC. Ela acredita que o governo precisa colocar em ação uma estratégia de segurança cibernética no lugar. "Precisamos de um debate nacional e de conversa", opinou.

E no Brasil?

Não há dados que comprovem o quanto as crianças brasileiras estão, desde cedo, em contato com material pornográfico. No entanto, não há dúvidas de que o acesso à internet, muitas vezes, facilita essa situação. Para Bruno Mader, psicólogo do Hospital Pequeno Príncipe, essa exposição precoce é preocupante. "Dos 6 aos doze anos, nos valemos de conteúdos fantasiosos pra entender o mundo. Questões tão explícitas assim causam uma confusão de papéis porque as crianças não são maduras o suficiente para entender", explicou. "Não é legal para elas, não tem nada de positivo."

Como proteger seu filho

Para evitar que esse contato precoce aconteça com as crianças, é preciso saber com o que estamos lidando. De acordo com Mader, o mais importante é agir preventivamente. "Os pais precisam se interessar por tecnologia. Entender como funcionam as redes sociais, o bloqueio dos aparelhos. Devem estar alertas porque o problema pode acontecer", explica.

Com tantos vídeos circulando rapidamente, principalmente em aplicativos de mensagens instantâneas, é preciso ficar de olho também no seu próprio aparelho e lembrar de fazer uma limpeza nos arquivos com frequência. Muitas vezes, algum conteúdo impróprio é recebido pelos adultos, passa despercebido e fica armazenado no smartphone. A criança, então, pega o celular e se depara com o material.

Além disso, observar e interpretar o comportamento da criança é fundamental, afinal, por aí é possível identificar quando algo estiver errado. O mesmo vale para a escola, que deve evitar tratar o assunto como tabu.

Se a criança for constantemente exposta a esse tipo de conteúdo pode caber, inclusive, uma ação do conselho tutelar, ou seja, negligenciar nunca é a solução.

Aconteceu. E agora?

E  se você descobrir que seu filho tem ou teve acesso a esse tipo de conteúdo no celular, na internet ou na televisão? O que fazer? Veja as dicas do psicólogo:

1. Os pais precisam fazer uma leitura de si mesmos, ver se sentem a vontade e capazes de abordar o assunto. Nem sempre é necessário procurar um profissional.

2. Se a primeira reação dos pais for mais agressiva, tudo bem, afinal, eles também possuem emoções. No entanto, depois desse primeiro momento é necessário retomar a conversa e explicar a situação com calma para a criança.

3. Nesse diálogo, o certo é apontar que aquele conteúdo não é ideal para a idade dela, não usando tom de proibição, mas indicando apenas que não é apropriado.

4. Caso a escola perceba que algo está acontecendo, deve contatar os pais. Se não houver uma resposta adequada, autoridades competentes podem ser acionadas.

5. Em um caso mais extremo, no qual a conversa não funciona, os pais devem procurar a ajuda de um profissional que lide com a saúde mental da criança.

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