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SUS passa a oferecer tratamento integral para a dermatite atópica

Três novos medicamentos passam a ser distribuídos pela rede pública para tratar todas as diferentes fases da doença


			
				SUS passa a oferecer tratamento integral para a dermatite atópica
Iniciativa foi anunciada nesta terça-feira (26/5) pelo Ministério da Saúde. Kinga Krzeminska/Getty Images

O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a ofertar tratamento integral para a dermatite atópica, condição crônica que causa coceiras e inflamações graves na pele. As pessoas com a doença passam a contar com três medicamentos que atenderão desde quadros leves até os mais graves.

A iniciativa foi anunciada nesta terça-feira (26/5) pelo Ministério da Saúde, com a publicação de três portarias que oficializam a incorporação das novas terapias. A oferta contempla duas pomadas — tacrolimo e furoato de mometasona — e um medicamento oral, o metotrexato.

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A decisão segue recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e amplia as opções de tratamento para pessoas que não respondem bem aos remédios corticoides que já são oferecidos ou apresentam contraindicação de uso desse tipo de terapia.

Dermatite atópica: sintomas e causas

A dermatite atópica é uma doença genética e inflamatória da pele. Coceira intensa, ressecamento e lesões são os sintomas mais frequentes. As áreas mais atingidas incluem pescoço, cotovelos, joelhos e rosto, tendo sintomas principalmente na infância.

Trata-se de uma das formas mais recorrentes de eczema, que pode aparecer nos primeiros anos de vida e persistir até a idade adulta. A manifestação e a intensidade variam entre os indivíduos e exigem abordagem personalizada no tratamento.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, estima-se que até 25% das crianças e 7% dos adultos sejam afetados pela condição no Brasil. O diagnóstico é clínico e considera histórico familiar e sintomas observados.

Novos medicamentos no SUS

Entre os remédios incorporados, o tacrolimo, de uso tópico, será disponibilizado em concentrações de 0,03% e 0,1%. Ele atua sobre áreas sensíveis e é indicado principalmente quando há reações adversas a corticoides.

Já o furoato de mometasona, também em forma de pomada, age de maneira eficaz na regeneração cutânea para quadros mais leves. A inclusão desse tratamento no SUS amplia o alcance terapêutico para diferentes perfis de pacientes, com especial atenção a crianças e pessoas com pele sensível.

Para casos graves, o metotrexato passa a ser uma nova alternativa oral. O medicamento age na modulação da resposta inflamatória e pode substituir a ciclosporina (um imunossupressor) em pacientes com intolerância ou contraindicação à substância.

Atualmente, o SUS já disponibiliza cremes à base de dexametasona e hidrocortisona para casos leves, além da ciclosporina oral para quadros mais graves. Com a incorporação das novas substâncias, o tratamento se torna mais abrangente.

Impactos físicos e psicossociais

“Um benefício é o enfrentamento a estigmas sociais impostos às pessoas que vivem com a condição, que, muitas vezes, convivem com preconceitos em vista das lesões visíveis na pele. Estamos falando de uma doença que acomete, muitas vezes, crianças em idade escolar, que podem deixar de ir às aulas por isso”, afirma a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (SECTICS), Fernanda De Negri.

Essas marcas na pele, visíveis em partes como rosto e braços, podem afetar a autoestima e restringir a participação social, sobretudo entre adolescentes e adultos jovens. O tratamento adequado busca minimizar esses efeitos indiretos da condição dermatológica.

Entre 2024 e 2025, a rede pública contabilizou mais de 500 mil atendimentos ambulatoriais relacionados à doença. A assistência envolve consulta, exames e prescrição de acordo com cada caso.

Busca por atendimento especializado

Para acessar os novos medicamentos, é preciso procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. O profissional de saúde avalia a condição e pode encaminhar o paciente ao dermatologista, responsável por definir a abordagem terapêutica.

Nos casos leves, a resposta pode ser alcançada com hidratantes, pomadas e orientações sobre banhos e roupas. Já as formas moderadas ou graves exigem tratamento medicamentoso contínuo e acompanhamento regular.

O dermatologista Marco Antonio Boaventura, da Clínica Fares, em São Paulo, reforça que a doença não tem cura, mas pode ser controlada. “O diagnóstico é clínico. Geralmente, tem início antes dos dois anos e pode ter casos semelhantes na família”, explica.

Boaventura destaca que fatores como baixa umidade, poluição, produtos químicos e alimentos podem agravar os sintomas. “Evitar banhos quentes, usar hidratantes adequados e manter as unhas curtas são medidas que ajudam a reduzir o desconforto”, afirma.

Veja a matéria completa em Metrópoles

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