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Estado tem desafio de criar rede para tratar bebês com microcefalia

Aumento do número de casos suspeitos da doença gera alerta para futuro da saúde

O aumento no número de casos suspeitos de microcefalia (agora são 129 notificações suspeitas, sendo 123 envolvendo recém-nascidos e 06 intrauterinos) gera um alerta para o futuro da saúde pública. Nos próximos anos, o País irá sofrer com uma ampliação significativa de pacientes diagnosticados com a doença. O desafio do Estado, agora, é criar uma rede multiprofissional para acompanhar os pacientes com este problema.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu oficialmente a relação entre o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, mas o aumento pode ser explicado por diversos motivos, incluindo infecções congênitas - aquelas transmitidas pela mãe ao filho durante a gravidez, como toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus.

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Os bebês que nascem com microcefalia - uma malformação em que o crânio é menor do que o normal - precisam e cuidados de reabilitação e de profissionais especializados. A fisioterapeuta, especializada em NeoPediátrica, Iris Fortes, alerta que os pais e profissionais de saúde deverão estar bem informados para receber essa geração. É preciso investir em uma rede de acolhimento a essas crianças, treinamento de técnicos e capacitação de profissionais.

Para que os bebês diagnosticados com microcefalia cheguem ao máximo do seu desenvolvimento, a estimulação precoce se faz necessária, com a atuação de profissionais capacitados. A participação dos pais, segundo Iris Fortes, é extremamente importante, já que eles passam a maior parte do tempo com os bebê.

"A assistência da criança diagnosticada com microcefalia deverá ser com uma equipe multiprofissional,composta por neuropediatras, fisioterapeutas, fisiatras,terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, nutricionistas e psicólogos. Os pais deverão receber as orientações necessárias para continuar os estímulos em casa", explica.

Imagem ilustrativa da imagem Estado tem desafio de criar rede para tratar bebês com microcefalia
| Foto: FOTO: Reprodução

A microcefalia pode ser acompanhada por dificuldades intelectuais, motoras, visuais e de audição. "O tratamento varia com a idade e com a necessidade do paciente. Ele será determinado após uma avaliação e de acordo com as necessidades encontradas nos sinais e sintomas identificados", explica Iris. A questão não é apenas de saúde. Em casos de crianças maiores é preciso acompanhamento de pedagogas.

Com essa variação de quadro clínico e com o número de casos aumentando em todo o País,a fisioterapeuta lembra que as gestantes precisam estar atentas desde o início da gestação. "É importante um pré-natal bem realizado e a identificação do diagnóstico, para que a assistência nessas crianças aconteça de forma imediata".

Protocolo de Atenção à Saúde para Microcefalia 

O Ministério da Saúde elaborou um Protocolo de Atenção à Saúde para Microcefalia. Foi ampliado o rol de exames pelos quais bebê s com perímetro cefálico menor que 32 centímetros e mães devem passar.

O primeiro procedimento indicado é uma ultrassonografia da "moleira". Caso a formação óssea esteja fechada ou ainda reste dúvida, os bebês passarão por uma tomografia de crânio. Por envolver uma elevada carga de radiação e a necessidade de sedar o bebê, a tomografia deve ficar como último recurso.

O Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), localizado no Trapiche da Barra, começou a atender crianças com microcefalia no setor de Serviço de Assistência Especializada (SAE). De acordo com a assessoria de comunicação do hospital, os bebês serão levados ao Hospital Geral do Estado (HGE) para realizar exames de tomografia e, em seguida, serão assistidos no Hospital Helvio Auto.

Combate ao mosquito

Imagem ilustrativa da imagem Estado tem desafio de criar rede para tratar bebês com microcefalia
| Foto: FOTO: Reprodução

A fisioterapeuta Isis Fortes explica que há pesquisas em todo o país para o desenvolvimento de uma vacina. Mas, não há cura para a microcefalia. "O foco, hoje, é  impedir a proliferação do mosquito transmissor  e conscientizar sobre as medidas de prevenção, principalmente para as gestantes", destaca.

Comparado a outros estados brasileiros, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Alagoas continua na quinta posição entre os que registram casos de microcefalia.  À frente estão Pernambuco (1.031 casos suspeitos), Paraíba (429), Bahia (271) e Rio Grande do Norte (254).

A Sesau ressalta que uma das medidas importantes é combater o mosquito Aedes aegypti. "Evitar a água parada, utilizada pelos mosquitos para se reproduzir. Evitar o acúmulo de garrafas vazias, pneus, vasos de plantas e baldes são providências simples que podem garantir a segurança e bem-estar de todos", destacou gerente de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira.

Recomendações do Ministério da Saúde específicas para grávidas: 

-    Atualizar as vacinas de acordo com o calendário vacinal do programa nacional de imunização do Ministério da Saúde;

-      Atenção sobre a natureza e a qualidade daquilo que se ingere (água, alimentos, medicamentos), consome ou se tem contato, principalmente sobre a ação desses produtos no desenvolvimento do bebê;

-        Proteger-se das picadas de insetos, evitando horários e lugares com presença de mosquitos e, sempre que possível, utilizar roupas que protejam o corpo. Consultar o médico sobre o uso de repelentes e verificar atentamente no rótulo a concentração do produto e definição da frequência do uso para gestantes. Além disso, telas de proteção, mosquiteiros e ar-condicionado também são medidas de proteção;

-       Se houver qualquer alteração no estado de saúde, principalmente no período até o quarto mês de gestação, comunicar aos profissionais de saúde.

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