Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > BRASIL

Uma semana após 1º assassinato de série de execuções, morte de vereador segue em investigação

Em uma semana, sete pessoas foram assassinadas em cidades na fronteira entre Brasil e Paraguai. Único crime que é investigado pela polícia brasileira é o do vereador de Ponta Porã, Farid Afif

Do dia 8 a 15 de outubro, sete pessoas foram assassinadas em cidades fronteiriças do Brasil e do Paraguai. A primeira morte da série de execuções e a única ocorrida no lado brasileiro, em Ponta Porã (MS), que consequentemente é investigada pela Polícia Civil, foi a do vereador Farid Afif (DEM). O caso segue em apuração pela Delegacia Especializada em Homicídios (DEH) e corre em sigilo.

O vereador foi morto a tiros enquanto passeava de bicicleta em Ponta Porã. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o parlamentar foi assassinado.

Leia também

Atribuído às forças de segurança brasileiras, a investigação da morte de Farid Afif "estão caminhando", nas palavras do delegado Carlos Delano, que está à frente do caso.

Ao g1, o delegado ponderou que até o resultado das investigações seguirá em sigilo. "Nossa preocupação é não deixar que informações vazadas comprometam a eficiência do trabalho. [...] Mas nesse estágio qualquer informação publicada nos atrapalhará. Oportunamente falaremos tudo", finalizou.

Ainda no início das investigações, a força-tarefa da Polícia Civil disse que o parlamentar "estava sendo monitorado" pelos criminosos nas redes sociais.

De acordo com a investigação, que envolve a 1ª Delegacia de Ponta Porã e também a Delegacia Especializada de Repressão à Homicídios (DEH), Farid fez ao menos 3 postagens no Facebook e outras no Instagram no dia do crime. Desta forma, os assassinos sabiam dos locais onde ele estava, o perseguiram e o executaram em posse de uma pistola ponto 45.

Crimes na fronteira

Dia 08 de outubro

Na sexta-feira (8), enquanto passeava de bicicleta, o vereador Farid Afif foi assassinado brutalmente. Os tiros foram disparados por um motoqueiro, em Ponta Porã (MS). Horas antes de ser assassinado, o Farid Affif pedalava por Ponta Porã.

A morte do vereador não é relacionada às outras execuções na linha de fronteira, conforme a apuração do g1 junto às forças de segurança de Mato Grosso do Sul.

Dia 09 de outubro

No sábado (9), um dia após o primeiro assassinato, Pedro Juan Caballero sofreu com um atentado que matou quatro pessoas, incluindo Haylee Carolina Acevedo Yunis, de 21 anos, filha de Ronald Acevedo, governador de Amambay, no Paraguai.

As outras vítimas do atentado, ocorrido no sábado, são: Omar Vicente Álvarez Grance, de 32 anos, conhecido como "Bebeto", foi atingido por 31 tiros; Kaline Reinoso de Oliveira, de 22 anos. Natural de Dourados, foi morta com 14 tiros; e Rhamye Jamilly Borges de Oliveira, de 18 anos, morta com 10 tiros.

Dia 12 de outubro

O policial paraguaio Hugo Ronaldo Acosta, de 32 anos, foi morto a tiros na noite de terça (12) na região de fronteira entre Brasil e Paraguai. O crime aconteceu em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha a Ponta Porã (MS).

Hugo Ronaldo Acosta foi executado dentro do carro a caminho da região de Cruce Bella Vista. De acordo com Carlos Miguel López Russo, diretor de polícia do Departamento de Amambay, este é o segundo policial assassinado no departamento.

Dia 13 de outubro

Enquanto estavam em uma roda de tereré, Juan Bosco Gomez morreu em um atendado em em Capitán Bado, município vizinho a Coronel Sapucaia, cidade sul-mato-grossense na região de fronteira entre Brasil e Paraguai. Duas pessoas ficaram feridas. Entre os baleados está o vereador do município paraguaio, Ismael Valiente, e um idoso de 84 anos.

Medidas e investigações

As investigações seguem em curso no Brasil e no Paraguai. No país vizinho, seis mortes são investigadas. Já do lado brasileiro, apenas a morte do vereador Afif é apurada. O desenrolar das investigações seguem em sigilo nos dois países.

Ao todo, oito suspeitos foram presos:

  • Policiais paraguaios prenderam na noite desta terça-feira (12) mais um homem suspeito de colaborar com a morte de quatro pessoas no sábado (9), em Pedro Juan Caballero;
  • Um suspeito foi preso no domingo;
  • Outros seis na segunda-feira (11), sendo todos brasileiros.

Os brasileiros presos foram identificados como:

  1. Hywulysson Foresto;
  2. Juares Alvers da Silva;
  3. Luis Fernando Armando e Silva Simões;
  4. Gabriel Veiga de Sousa;
  5. Farley José Cisto da Silva Leite Carrijo;
  6. Douglas Ribeiro Gomes.

Depois da série de homicídios registrados na última semana, o governo paraguaio anunciou um convênio entre Brasil e Paraguai para garantir segurança na região. O anúncio foi feito pelo ministro do interior do Paraguai, Augusto Giuzzio, e confirmado pelo secretário de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp), Antônio Carlos Videira.

Na quinta-feira (14), o ministério da Justiça do Paraguai fez uma intervenção na penitenciária regional de Pedro Juan Caballero. A unidade foi fechada, ou seja, não recebe novos detentos, e os presos de maior periculosidade vão ser transferidos.

Mais de 430 detentos da penitenciária vão ser transferidos para outros presídios, no país. O anúncio feito pela ministra da Justiça do Paraguai, Cecilia Pérez, destaca que os presos transferidos são de facções criminosas, ligadas ao crime organizado na linha de fronteira entre Brasil e Paraguai. Ao todo, o presídio conta com 868 internos, sendo que a metade deve ser transferida.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Relacionadas