
A candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PSB, Tabata Amaral, declarou voto em Guilherme Boulos (PSol) no segundo turno. Em quarto lugar na eleição, a deputada federal disse que seu voto em Boulos é por “convicção”, que os dois representam projetos “absolutamente diferentes”, mas que não poderia apoiar Ricardo Nunes (MDB), que chamou de “pior prefeito de São Paulo”.
“Antes mesmo de falar com qualquer pessoa, porque eu fiz questão de vir aqui e dar essa declaração, sem falar com nenhum dos candidatos, eu queria dizer a vocês que no segundo turno, eu votarei em Guilherme Boulos. Esse é um voto por convicção, não é um voto negociado. Eu não vou subir em nenhum palanque. Eu não vou desfazer quem eu sou, no que eu acredito”, afirmou a candidata.
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“Eu não consigo e não conseguiria jamais colocar o meu voto em um projeto liderado por Ricardo Nunes. Eu e Guilherme Boulos lideramos e representamos projetos absolutamente diferentes para São Paulo e para o Brasil. Projetos absolutamente diferentes. E aqui eu não estou fazendo um juízo de valor, mas a política na qual eu acredito, o grupo político que eu tenho a alegria de liderar, o grupo político pelo qual eu tenho a alegria de ser liderada, tem um projeto muito diferente para São Paulo, no conteúdo e na forma. Então, de novo, é um voto de convicção, sem falar com ninguém para fora do PSB. Um voto de coragem, como são todos os meus votos. Porque é isso o que as 600 mil pessoas que a gente conhece merecem e esperam de mim”, afirmou.
Tabata parabenizou os dois candidatos confirmados para o segundo turno e disse desejar que a próxima etapa da corrida eleitoral seja “muito mais qualificada” do que a que foi vista neste primeiro turno.
Nunes x Boulos no segundo turno
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSol) vão disputar o segundo turno da eleição à Prefeitura de São Paulo, que ocorre no dia 27 de outubro. Os resultados foram divulgados na noite deste domingo (6/10) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Com 99,88% das urnas apuradas, Nunes tinha 29,48% dos votos, enquanto Boulos somava 29,07%. Os dois desbancaram o influenciador Pablo Marçal (PRTB), que marcava 28,14%, em terceiro lugar, na disputa para prefeito da capital paulista mais acirrada desde 1985, ano da primeira eleição direta pós ditadura militar.