Sebastião Salgado registrou o mundo com seu olhar único e se tornou um dos maiores fotógrafos do mundo. Ele faleceu, nesta sexta-feira (23/5), aos 81 anos de idade, após anos enfrentando problemas de saúde em decorrência de uma malária. Há um ano, o profissional falou sobre a carreira e comentou sobre a morte.
“Só me falta morrer agora. Tenho 50 anos de carreira e completei 80 anos. Estou mais perto da morte do que de outra coisa. Uma pessoa vive no máximo 90 anos. Então, não estou longe, mas continuo fotografando, continuo trabalhando, continuo fazendo as coisas da mesma forma”, declarou, em entrevista à AFP.
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Ele ainda comentou sobre o legado que deixaria na terra após a morte. “Não tenho nenhuma preocupação nem nenhuma pretensão de como serei lembrado. É minha vida que está nas fotos e nada mais”, completou. Na ocasião, ele inaugurava uma exposição em retrospectiva aos 50 anos de carreira na Somerset House, em Londres.
Lá, ele ainda comentou sobre o prêmio recebido pela World Photography Organisation, sediada em Londres, em reconhecimento à sua carreira “É o prêmio pelo trabalho de uma vida”, disse. Sobre a mostra, ele comentou que cada uma das 50 fotografias expostas representavam um momento de sua vida.
Por fim, ele comentou sobre a magia de fotografar. “Um fotógrafo tem o privilégio de estar onde as coisas acontecem. Em uma exposição como esta, as pessoas me dizem que sou um artista e eu digo que não, sou um fotógrafo e é um grande privilégio ser um fotógrafo. Tenho sido um emissário da sociedade da qual faço parte”, encerrou.
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