Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > BRASIL

Pandemia implode sistema de testes, e Alemanha e França reimpõem bloqueios

A sirene disparou quando a velocidade de transmissão ultrapassou a capacidade dos governos de rastrear e isolar contatos.

"Temos que agir rápido, antes que as pessoas comecem a morrer em grandes números." A frase dita nesta quarta (28) por um dos mais respeitados virologistas do mundo, o belga Peter Piot, resume bem o atual estado de ânimo da Europa.

Confrontadas com um crescimento incontrolável de novos casos de Covid-19, as duas principais potências europeias, Alemanha e França, voltaram a pronunciar a palavra que preferiam esquecer: 'lockdown'.

Leia também

Ou, na versão segunda fase, "bloqueio parcial": fechamento de parte dos estabelecimentos, pelo prazo de um mês, reavaliável depois de 15 dias.

Restrições mais duras estavam fora do cardápio até agora porque os hospitais estavam sob controle e a curva de mortes vinha controlada, mesmo com um número de novos casos recorde.

A sirene disparou quando a velocidade de transmissão ultrapassou a capacidade dos governos de rastrear e isolar contatos. Na França, por exemplo, a infraestrutura de testes e rastreamento funcionava bem quando o número de novos casos diários era 5.000 por dia. Nesta semana, eles beiram 50 mil por dia.

Além disso, hospitais começam a sentir a pressão aumentando, dizem governantes de vários países, e confirma a ECDC (agência para doenças infecciosas da UE) em seu comunicado de risco mais recente.

A ocupação ainda é bem menor que a da primeira fase da crise -na Espanha, por exemplo, 49 novos pacientes para cada 100 mil habitantes foram para a UTI em abril, taxa dez vezes maior que a registrada há 15 dias -, mas as equipes de saúde estão desfalcadas e exaustas.

A Holanda já começou a transportar para a Alemanha pacientes das cidades mais afetadas, e a França atingiu quase metade da capacidade de suas UTIs. Na Bélgica, vagas para doentes graves podem se esgotar em duas semanas se o número de internações mantiver o ritmo atual.

E mesmo que a taxa de mortalidade dos internados tenha caído à metade, como mostram relatórios recentes de hospitais europeus, cada novo paciente de Covid-19 ocupa médicos e enfermeiros que deixam de tratar outras doenças graves, disse Piot, que é consultor especial da UE e dirige a Faculdade de Higiene e Medicina Tropical de Londres.

"Sem contar que há muitos sobreviventes que sofrem consequências durante muitos meses, como posso atestar por experiência própria", afirmou o virologista, que em maio deste ano relatou o impacto da doença em sua própria saúde.

Tanto na Alemanha quanto na França, escolas continuarão abertas, com medidas de distanciamento físico e higiene. O diagnóstico é que interromper aulas sacrifica de forma grave os mais pobres.

Nos dois países, restaurantes, cafés e bares poderão fazer apenas entregas, e cinemas, teatros, academias de ginástica e outros locais de aglomeração serão fechados - na França, o bloqueio começa nesta sexta (30) e, na Alemanha, na segunda (2).

Os governos pediram que os moradores evitem sair de casa desnecessariamente e limitaram o número de pessoas que podem se reunir. No caso da França, reuniões privadas são proibidas. Na Alemanha, devem ser restritas a no máximo duas famílias e dez pessoas.

Mercados e farmácias seguem abertos, e, na Alemanha, outras lojas, empresas e cabeleireiros também, com precauções contra o contágio. O governo francês disse que guichês públicos, cemitérios e indústrias continuarão funcionando, e deve detalhar nesta quinta como o bloqueio parcial afetará o comércio.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas