Imagem
Menu lateral
Imagem
Gazeta >
Imagem
GZT 94.1 | Maceió
Assistir
Ouvir
GZT 101.1 | Arapiraca
Ouvir
GZT 101.3 | Pão de Açúcar
Ouvir
MIX 98.3 | Maceió
Ouvir
GZT CLASSIC | Rádio Web
Assistir
Ouvir
Imagem
Menu lateral Busca interna do GazetaWeb
Imagem
GZT 94.1
Assistir
Ouvir
GZT 101.1
Ouvir
GZT 101.3
Ouvir
MIX 98.3
Ouvir
GZT CLASSIC
Assistir
Ouvir
X
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

'Os caras confiam em mim para lidar com o arrego', disse jovem

Filipe Rodrigues, de 24 anos, executado junto com a mulher e o filho, teria fingido ser PM e enganado traficantes


			
				'Os caras confiam em mim para lidar com o arrego', disse jovem
Filipe Rodrigues, de 24 anos, executado junto com a mulher e o filho, teria fingido ser PM e enganado traficantes. Reprodução

Uma troca de mensagens no WhatsApp encontrada pela polícia no celular de Filipe Rodrigues — morto mês passado ao lado da mulher, Rayssa Santos, e do filho de sete meses, Miguel Filipe, em Niterói, na região metropolitana do Rio — mostram como o motorista de aplicativo tentava enganar os traficantes da comunidade do Castro ao se passar por um PM. O GLOBO teve acesso às mensagens que ajudaram os investigadores a chegar até um dos suspeitos, Wesley Pires da Silva Sodré, de 34 anos, preso na manhã desta quarta-feira.

A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí apurou que Filipe exigiu R$ 50 mil dos criminosos em troca da identificação de um suposto informante que estaria vigiando o tráfico na localidade. Essa pessoa, de acordo com a polícia, conta como desaparecida e provavelmente está morta. A identidade dela não foi revelada. Os investigadores analisam ainda se a pessoa seria, de fato, um informante. Pelo menos R$ 11 mil foram pagos, em duas parcelas, ao gesseiro que negociou a entrega de mais R$ 39 mil no dia em que foi executado ao lado da família.

Leia também

Segundo as investigações, toda a trama entre Filipe e o mandante do crime, Lucas Lopes da Silva, o Naíba, apontado como chefe do tráfico no Morro do Castro, começou no dia 7 de março e se estendeu até o dia da execução. Em meio à negociação, os traficantes teriam descoberto que o jovem de 24 anos nunca tinha sido policial e decidiram matá-lo.

Filipe estava com a mulher e o filho, em um Voyage Branco, alugado por ele no dia anterior ao crime, quando teve o carro alvejado por mais de 20 tiros, no bairro Baldeador, próximo à comunidade. Dois homens encapuzados chegaram perto do veículo e efetuaram os disparos.

Filipe teria se apresentado a Naíba como policial militar de vulgo "Demolidor" do 7° BPM (São Gonçalo). Durante a troca de mensagens, para ganhar a confiança dos criminosos, o motorista em diversos trechos teria dito que seria envolvido com esquemas de contravenção e que era o "responsável pelo arrego" na região.

"Sou soldado. Quem tem que resolver tudo aqui na guarnição sou eu. A diferença é que fui envolvido em vários bagulhos de contravenção, jogo do bicho, maquininha. Os caras aqui confiam em mim para lidar com o arrego", escreveu ele em um trecho.

Na abordagem, Filipe chegou a dizer ao traficante que tinha informações de um suposto informante na comunidade, mas que só cederia detalhes da localização do homem mediante a um pagamento de R$ 50 mil. Quantia, que, segundo a vítima, seria dividida entre ele e os supostos colegas de farda envolvidos no esquema.

Dois dias antes de ser executado, enquanto Filipe cobrava o valor restante ao Naíba, o criminoso planejava a execução do motorista com o comparsa Wesley Pires da Silva Sodré. Nesta altura, já era de conhecimento do tráfico de que Filipe mentia sobre ser policial.

Atraído para uma emboscada

No dia 17 de março, Filipe foi avisado por Naíba que Wesley entregaria o resto do pagamento, os R$ 39 mil, em um local ainda a ser combinado. No entanto, o encontro não passava de uma emboscada. O lugar para a entrega do dinheiro foi modificado diversas vezes por Wesley, a fim de atrair Filipe até a comunidade do Castro. Ele foi com a mulher e o filho de colo, e todos acabaram baleados. Nas mensagens, ele chega a informar ao traficante que alugou um Voyage branco, sem insulfilm: "tô montando o maior teatro para você pegar seu X. Então vê se não dá furo comigo", disse ele na mensagem após compartilhar a localização em tempo real ao Wesley.

Naquele dia, o carro da família foi atingido por mais de 20 tiros, disparados por dois homens encapuzados em uma moto. A polícia ainda busca informações sobre quem atirou na família.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na Google Play Aplicativo na App Store
Aplicativo na App Store

Relacionadas

X