Uma mulher deu à luz em uma calçada, na madrugada desta quinta-feira (3), no Centro de Vitória. Segundo a Santa Casa de Misericórdia, moradores da região acionaram a equipe de plantão do hospital, que fica próximo ao local, mas quando os profissionais chegaram, o bebê já havia nascido.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram a mulher recebendo atendimento, ainda na rua, coberta por um lençol branco, já com o bebê no colo. Algumas pessoas que acompanham chegam a questionar se o menino chorou.
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Depois, a mãe é colocada em uma cadeira de rodas. O momento é aplaudido pelas pessoas em volta, e os profissionais do hospital sobem com ela pela ladeira da Rua Dr. Laélio Lucas, para acessar a unidade.
A mãe e o recém-nascido foram levados para a emergência da Santa Casa. Após o atendimento, o bebê foi transferido para a Unidade Pró-Matre, onde permanece na UTI Neonatal. Já a mãe, fugiu do hospital sem o filho. Até a publicação desta reportagem, não havia informações a identidade e o paradeiro da mulher.
E a mãe?
No hospital, o bebê foi atendido, estabilizado e, em seguida, transferido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a Unidade Pró-Matre, onde permanece internado na UTI Neonatal, em observação.
O hospital não divulgou detalhes sobre o estado do bebê, como tamanho e peso e o tempo de gestação antes do nascimento. Só informou que é um menino.
Após ser atendida e orientada sobre os riscos de deixar o hospital, a mãe se recusou a permanecer na unidade e foi embora, segundo a Santa Casa.
Não há informações sobre a identidade ou o paradeiro da mulher. Moradores da região disseram que se trata de uma pessoa em situação de rua, informação que foi confirmada pela prefeitura.
Procurada, a Prefeitura de Vitória informou que a mãe é monitorada pelas equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) e do Consultório na Rua, mas a assistida não aceita as intervenções e os encaminhamentos.
"A equipe de abordagem vai realizar a busca da mãe e, caso a atendida não seja localizada ou não tenha condições de assumir o bebê, a criança irá para o serviço de acolhimento institucional, por meio do Conselho Tutelar ou a partir de encaminhamento feito pelo hospital junto à Vara da Infância", disse o município.
O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) também foi questionado pelo g1, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.
Enquanto estiver sem condições de alta, a criança permanece sob os cuidados do hospital.
"Apesar de não ser uma maternidade, o hospital informou que mobilizou todos os esforços disponíveis para prestar atendimento e garantir o bem-estar de ambos. Nosso compromisso é com a saúde e o acolhimento", afirmou em nota o hospital.
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