Um idoso de 85 anos teve R$ 2 mil reais furtados por duas mulheres que se passaram por agentes do controle de vetores. O golpe ocorreu na última quarta-feira (6), em Franca (SP). A Polícia Civil está investigando o caso e denúncias envolvendo outras vítimas.
O aposentado Augusto Pedro Ferreira mora sozinho e estava na calçada quando foi abordado pelas suspostas agentes. "Elas nem chegaram a se identificar. Uma disse que estava morrendo de sede e perguntou se eu não poderia encher a garrafinha dela de água. Só na volta é que elas me perguntaram se poderiam fazer a vistoria", contou.
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As suspeitas não usavam uniformes do setor de vigilância e nem possuíam crachá, mesmo assim o idoso permitiu a entrada delas na casa. Enquanto uma o acompanhava na cozinha, a outra aproveitou o momento de distração e entrou no quarto onde o idoso guarda todos os documentos.
"Ela abriu as minhas gavetas e encontrou a pasta onde eu deixo os meus cartões do banco. Então, a moça pegou os dois e fugiu. Eu só fui me dar conta do golpe uma hora depois, quando vi a pasta aberta", relatou o aposentado.
Com o auxílio da família, Ferreira bloqueou os cartões e registrou o boletim de ocorrência. "Eu podia ter pedido um crachá, mas deixei a mulher entrar, ela me levou na conversa. Com isso, tive um prejuízo de mais de R$ 2 mil reais", lamentou.
Investigação
A Polícia Civil teve acesso às imagens de um circuito interno de segurança de um vizinho que mostram duas mulheres andando na rua onde o aposentado mora. O delegado do 4º DP, Dalmo Mateus Polo, já tem informações do paradeiro das criminosas e usará as imagens para confirmar.
"A população tem colaborado e estamos recebendo ligações com todas as informações sobre as supostas acusadas", diz. O delegado afirma que o tipo de golpe também é comum entre falsos agentes dos Correios, da CPFL e da Sabesp.
"Por isso é fundamental que a população sempre peça para ver o crachá antes de deixar qualquer indivíduo entrar. Em caso de dúvida, ligue para a Polícia Militar ou para a Polícia Civil que, imediatamente, será chegado", orientou Polo.
Uniformes
O diretor da Vigilância Ambiental de Franca, José Conrado Dias Netto, explica que os agentes do controle de vetores estão sempre uniformizados com roupa verde e cinza, com identificação da vigilância, e usam crachá.
"Além de tudo, os agentes nunca ficam sozinhos na casa. Eles sempre pedem que o proprietário os acompanhe, até mesmo para poder receber a devida orientação", diz o diretor.
Caso o morador não se sinta seguro, é possível ligar para o disque-denúncia do setor, através do número (16) 3711-9402, e questionar se o controle da dengue está sendo feito no bairro onde mora. "A equipe vai identificar o agente e solicitará que o supervisor volte à residência para prestar esclarecimentos", explicou Netto.