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Anistia Internacional e familiares de Marielle criticam demora na investigação

Crime ocorreu há dois anos e ainda não há indícios de um mandante

Familiares da vereadora Marielle Franco e representantes da Anistia Internacional realizam um evento, na manhã deste sábado (14), data em que o as mortes de Marielle e do motorista Anderson completam dois anos.

Segundo eles, a demora para descobrir quem foi o mandante do assassinato de Marielle é uma prova do risco que defensores dos direitos humanos no Brasil correm.

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"Essa espera está se estendendo por tempo demais. O fato de ainda não sabermos quem mandou matar Marielle é uma prova do quão arriscada é a vida de defensores dos direitos humanos neste país", afirmou a diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, durante a coletiva no Museu de Arte do Rio, na Praça Mauá.

Marielle e Anderson foram mortos no Estácio, região Central do Rio, no dia 14 de março de 2018. Os criminosos estavam em um carro e emparelharam ao lado do veículo onde estava a vereadora e dispararam. A vereadora foi atingida com pelo menos quatro tiros na cabeça. Nesses dois anos do crime, seis pessoas foram presas. Mas os mandantes ainda não foram apontados.

Nesta sexta (13), parentes de Marielle e representantes da Anistia Internacional se reuniram com o governador Wilson Witzel, o procurador-geral Eduardo Gussem e promotores responsáveis pela investigação do caso.

No encontro, as autoridades disseram enfrentar dificuldades para ter acesso a dados de informática que poderiam levar aos culpados pela concepção do crime.

"Os promotores disseram que empresas de informática têm impedido o acesso a dados telemáticos de alguns suspeitos. A Justiça já determinou a quebra de sigilo, mas essas firmas recorreram. Entendo que essas empresas protejam a segurança de seus usuários, mas elas não podem se recusar a passarem esses dados", garantiu Jurema.

Dois dias antes de o crime completar um ano (março 2019), foram presos o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, apontados como suspeitos do atentado. Eles estão presos em um presídio em Rondônia.

Para a irmã de Marielle, Anielle Franco, um dos piores erros que se pode cometer é atribuir a exigência da solução do assassinato a uma questão ideológica.

"Isso não é uma questão de direita ou esquerda - nunca foi. Trata-se de um assassinato brutal que precisa ser resolvido, independente de ideologias", garante Anielle.

Sobre a investigação, mais uma vez, a família da vereadora se mostrou contrária à remoção do caso para a esfera federal.

"Seria um retrocesso. A polícia do Rio está nesse caso há dois anos e não acho que as autoridades federais conseguiriam avançar as investigações na velocidade necessária. Elas teriam que voltar ao início do processo, o que atrasaria tudo", explicou a mãe de Marielle, Marinete da Silva.

Suspeitos vão a júri popular

Na semana em que crime completa dois anos, a Justiça do Rio determinou que eles irão a júri popular, mas a data ainda não foi marcada.

O caso é tratado como sigiloso pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. A Polícia Federal havia se oferecido para assumir as investigações, mas o estado declinou.

A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu ao STJ para que o caso deixe de ser apurado por autoridades estaduais do Rio de Janeiro, e seja federalizado. O julgamento está previsto para o final do mês de março, dias após o crime completar dois anos.

Em outubro passado, mais quatro pessoas foram presas. Elaine Lessa, mulher de Ronnie Lessa; Márcio Montavano, o Márcio Gordo; Bruno Figueiredo, irmão de Elaine; e Josinaldo Freitas, o Djaca.

Nesta sexta, o Ministério Público do Rio de Janeiro divulgou um histórico do caso e informações sobre a investigação dos assassinatos. Segundo o MP, ações para identificar os responsáveis por planejar o atentado estão em curso. Entre elas, os depoimentos de mais de 200 testemunhas, solicitações de medidas cautelares à justiça, buscas e apreensões, perícias técnicas e outras.

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