
Três dias após a morte do adolescente Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, durante uma ocorrência policial na cidade de Palmeira dos Índios, o comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Carlos Alberto, se pronunciou nesta terça-feira (6) sobre o caso. Ele afirmou que a corporação está adotando todas as medidas necessárias para garantir uma investigação “rigorosa, transparente e sem juízo prévio de valor”.
Relatos colhidos pela reportagem indicam que o jovem havia acabado de comprar alface em um supermercado e retornava, em uma motocicleta, ao quiosque da família, onde ajudava a mãe nas vendas. Ele era filho de uma comerciante conhecida na região. A família acusa a polícia pela morte de Gabriel, atingido por disparo de arma de fogo.
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Por sua vez, de acordo com relatos da corporação, o menor teria desobedecido ordens de parada após realizar manobras perigosas com uma motocicleta, "empinar" o veículo, avançar um sinal vermelho e efetuar disparo contra a guarnição que atendia a ocorrência. Os PMs alegam que precisaram revidar à ação.
O tenente-coronel também se solidarizou com a família do jovem. “Compreendemos a dor e a revolta. É legítimo que busquem respostas e justiça, e é isso que todos nós também queremos: a verdade dos fatos.”
O comandante destacou ainda o impacto emocional entre os policiais. “São profissionais que atuam em situações complexas e perigosas, e que merecem respeito pelo exercício de sua função.”
A Polícia Militar (PM) e a Polícia Civil seguem com investigações paralelas. A Delegacia de Homicídios da 5ª Região instaurou inquérito policial e já iniciou diligências para esclarecer a dinâmica da ocorrência e as circunstâncias da morte do adolescente.
O Comando da PM reiterou que continuará atuando em consonância com as diretrizes do comandante-geral, da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e do Governo do Estado, “com responsabilidade, legalidade e compromisso com a vida”.