
A Justiça de Alagoas condenou José de Farias Silva a 18 anos e 9 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, nesta terça-feira (8), no município de Arapiraca, pelo crime de feminicídio. Ele foi considerado culpado pelo assassinato de Thalita Borges de Araújo, que atuava como garota de programa.
O Ministério Público de Alagoas (MP/AL) também solicitou o pagamento de R$ 15 mil a título de indenização por danos morais, já que a vítima deixou um filho menor de idade. A sentença foi proferida pelo Tribunal do Júri da 5ª Vara Criminal de Arapiraca, sob presidência do juiz Alberto de Almeida.
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Durante o julgamento, o Conselho de Sentença reconheceu, por maioria, as qualificadoras de motivo fútil e feminicídio.
Na decisão, o juiz destacou: “O réu agiu com extrema frieza, deslocando-se por duas vezes ao local, insistindo em contatos via WhatsApp mesmo após ser informado da indisponibilidade da vítima, e posteriormente desferindo múltiplas facadas de forma deliberada e consciente.”
Relembre o caso
Thalita foi morta no dia 3 de fevereiro de 2023 após José de Farias desferir seis golpes de faca contra ela, na Rua Estudante Joseane Lima, bairro Cacimbas, em Arapiraca. O acusado teria conhecido a vítima por meio de um site de garotas de programa.
De acordo com a denúncia, após localizá-la no site, o réu entrou em contato com Thalita pelo aplicativo WhatsApp para agendar um encontro. Logo nas primeiras mensagens, foi acordado o valor de R$ 250,00 pelo programa, e o endereço onde a vítima se encontrava foi repassado.
No mesmo dia, por volta das 17h30, o acusado foi até o local sem aviso prévio. Ao chegar, Thalita informou que não poderia atendê-lo naquele momento. José então afirmou que retornaria mais tarde.
Por volta das 17h50, ele voltou ao local e, mais uma vez, foi informado que não poderia ser atendido. Insatisfeito, o réu desferiu seis facadas na vítima, assassinando-a.