Uma cidade com praias consideradas as mais lindas do Brasil, não pode aceitar que o chorume produzido pelo aterro sanitário de Maceió, seja jogado no mar, através do emissário submarino. É um paradoxo impulsionar o turismo e aceitar esta situação.
Afinal de contas, quando se fez o projeto do aterro sanitário ficou determinado que o chorume seria tratado e armazenado no local. Levar o chorume, mesmo que esteja dentro dos padrões exigido pela legislação ambiental, é uma prova de que o aterro está saturado e não tem mais condições de continuar operando, sendo necessário o seu imediato encerramento, como já foi recomendado pelo Instituto Meio Ambiente (IMA), através de documento entregue ao Ministério Público Estadual.
Segundo manifestação do Ministério Público Federal, análises realizadas atestam que o chorume produzido e tratado no aterro sanitário, estaria dentro dos padrões do CONAMA, até aí tudo bem, mas porque não se busca uma alternativa para evitar que este produto seja jogado em nossas praias?
O aterro sanitário de Maceió, há muito tempo já dá sinais de que está saturado e que está cercado por conjunto de residências, ficando literalmente dentro de áreas densamente habitadas.
O mau cheiro dos gases produzidos pelo aterro sanitário de Maceió, pode ser sentido em vários conjuntos de residências, como Carminha, Andaújo e já chega à Guaxuma, Riacho Doce e Garça Torta. Um problema que só se agrava a cada ano com o aumento da quantidade de resíduos urbanos produzidos.
Nada mais lúcido e ambientalmente correto é o encerramento do aterro sanitário de Maceió, através de um processo gradativo de transição, para outro local ao mesmo tempo para iniciar a recuperação de toda aérea degradada, proporcionando às futuras gerações de moradores das proximidades melhor qualidade de vida.