Aos 21 anos, o atacante Jobson, destaque do Botafogo nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro-2009, está com seu futuro no futebol ameaçado.
Ele foi pego em mais um exame antidoping, que identificou a presença de metabólico de cocaína em sua urina, no jogo contra o Palmeiras, pela última rodada do Nacional, no dia 6 de dezembro, no Rio. O resultado é definitivo: o Botafogo não solicitou uma contraprova.
No dia 8 de novembro, o exame feito após jogo contra o Coritiba já apresentara a mesma substância --a contraprova confirmou o flagrante. Por causa disso, o Cruzeiro desistiu de contratá-lo, por R$ 4,5 milhões, deixando o jogador sem clube.
Se for condenado nos dois casos pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Jobson pode até mesmo ser banido do esporte, pois a Wada (Agência Mundial Antidoping) não permite que um atleta seja flagrado duas vezes por ter usado uma substância proibida.
Mas, se o jogador se declarar dependente químico, por se tratar de uma "droga social", sua pena pode ser atenuada e ele poderá pegar de quatro a oito anos de suspensão.
"Acho que ainda é cedo para falar sobre isso. O laudo do jogo contra o Coritiba ainda nem chegou ao STJD", disse Paulo Schmitt, procurador-geral do tribunal, que entra em recesso em janeiro e volta em fevereiro. O órgão pode convocar uma sessão extraordinária no mês que vem para julgar o primeiro caso. Preventivamente, Jobson foi suspenso por 30 dias.