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Arivaldo Maia

Marcelo Teixeira, eleito ontem, promete reestruturar o Santos: ‘Esse time é ruim, não dá para jogar a Série B’

Escudo do Santos

Empresário bem-sucedido e atualmente um ex-dirigente vencedor, Marcelo Teixeira resolveu abandonar a ‘aposentadoria’ do futebol brigando pelo comando do Santos após 15 anos, cansado de tantos vexames e já é o novo presidente Santista, eleito ontem.

E não são poucas as ações que Marcelo Teixeira tem em mente para acabar com “15 anos de má gestões.” Entre as tratativas já há um patrocínio alto encaminhado de valores que podem bater os R$ 100 milhões, a transformação da Vila Belmiro para uma moderna arena para 35 mil lugares, um acerto para mandar jogos no Pacaembu e também por um tour pelo País, utilizando das arenas espalhadas de norte a sul. O elenco da queda será totalmente reformulado, mas Marcelo Teixeira já avisa que os arquirrivais não terão facilidade para tirar peças do atual elenco.

“Os rivais ficaram mal-acostumados, pois os atuais dirigentes são maleáveis. Comigo será bem duro tirar jogador daqui, só com o pagamento da multa”, adiantou, já ciente que o Corinthians “cresceu o olho” em Soteldo e Marcos Leonardo, por exemplo. “Pretendo manter as principais peças, mas são raras, com qualidades são poucos”, disparou. “E não queremos ter ninguém que fique obrigado, o Santos é maior que qualquer jogador do elenco atual.”

TIME É FRÁGIL

Marcelo Teixeira não gostou nada da queda à Série B, apesar de já vir trabalhando com a possibilidade há tempos. Frustrado com o atual grupo, não poupou críticas e prometeu uma reformulação grande. Até mesmo nomes badalados devem sair. Admitindo que teve uma noite péssima de quarta-feira, chegou a se emocionar e não segurou as lágrimas ao lamentar a dor da queda, a qual espera ser a última na história de 111 anos de glórias do Santos.

“Sempre temos de pensar em tudo, ter plano A e plano B. Esse time é frágil, muito limitado, muito ruim. Não dá nem para jogar a Série B”, mostrou sinceridade. “(Caso seja eleito) não vou radicalizar, mas faremos uma grande reestruturação, com novos nomes, a vinda de profissionais em uma nova linha de trabalho com outra política”, disse. “Não deu para definir nomes (de dispensados), pois não sabemos de contratos, mas vamos ter de atacar, de forma emergencial, drasticamente esse elenco. Impossível trabalhar com 50 jogadores.”

Vestido com uma camisa 5 do Santos e fazendo questão de lembrar do astro Clodoaldo, Teixeira espera resgatar nomes históricos do clube, trazê-los de volta, usar a experiência desses ícones para ajudar na descoberta de novos astros. A categoria de base terá um olhar diferenciado, pois na sua visão se tornou uma das decepções.

“Tudo me decepcionou neste Santos. Você vê a base fatiada, o profissional inchado, o clube não revela e o marketing está com ações completamente fora da realidade, sem arrecadação. Temos de dar um choque de medidas”, afirmou, reclamando dos sucessores e falando em gestão de competência.

DAR CONFORTO À TORCIDA

O torcedor do Santos deu enorme demonstração de apoio ao time na reta final do Brasileirão. Mesmo com resultados bem ruins e muitos tropeços. Teixeira sabe que precisa do apoio das arquibancadas e fará de tudo para oferecer conforto aos santistas. Tê-los no estádio é uma meta e para isso será implantado “imediatamente”, o reconhecimento facial para acabar com o cambismo.

Com a obra da nova Vila Belmiro encaminhada, Teixeira revelou com exclusividade que o torcedor da capital, do ABC e até do interior terão caminhos mais rápidos para chegar ao estádio. “Alinhamos com o governo do Estado, que vai investir na malha ferroviária, que teremos trens exclusivos, do interior, do ABCD e da capital, em todos os dias de jogos voltados, direcionados e ampliados para atender a torcida”, anunciou. Nas tratativas, seriam menos de 40 minutos para o deslocamento até a baixada.

APENAS UM TIME PARA 2024

Fora da Copa do Brasil e das competições sul-americanas em 2024, o plano de Marcelo Teixeira é montar um único time para 2024, que disputaria o Paulista com obrigação de se classificar ao mata-mata após três anos amargando quedas na primeira fase e que já teria o perfil suficiente para passar sem sustos na Série B.

“O planejamento é para errar o menos possível. Temos uma dívida alta, um passivo considerável e precisamos de série de ações para ter um controle. Será fundamental não apenas aumentar a receita, mas que tudo seja compatível”, falou. “Vamos jogar na capital, mas pretendemos atuar em outras cidades e vamos explorar bem essa questão, mobilizando torcidas onde o time estiver, lotando estádios”.

Arivaldo Maia com Redação do ESTADÃO CONTEÚDO

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