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Em 2 anos, mais de 20 pessoas morreram de meningite em Alagoas

Com dados preocupantes, MS e Sesau promoveram uma capacitação para os profissionais que atuam na área da saúde


				
					Em 2 anos, mais de 20 pessoas morreram de meningite em Alagoas
Treinamento sobre meningite foi voltado para para médicos e enfermeiros que atuam em unidades porta de entrada para receber casos da doença. Fotos: Micael Oliveira / Ascom Sesau

Entre agosto de 2022 e agosto de 2024, o Ministério da Saúde (MS) confirmou 23 mortes causadas por meningite no Estado de Alagoas. O órgão também constatou que, durante esse período, foram 54 casos notificados. Devido a circunstâncias, o MS e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoveram, nessa terça-feira (10), uma capacitação sobre a doença, voltada para médicos e enfermeiros, em Maceió.

Dentre os 54 casos, 48 foram na capital e 41 eram do tipo B. Somente em entre janeiro e agosto deste ano, foram registrados 15 casos da enfermidade.

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O objetivo da ação, que ocorreu no Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL), em Maceió, foi reforçar as medidas adotadas no novo protocolo de atendimento, elaborado para assistir pacientes que apresentem sintomas da patologia em Alagoas.

Entre os profissionais capacitados estavam os coordenadores médicos e de enfermagem dos serviços de saúde, médicos plantonistas de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), além de técnicos que atuam nos municípios de Maceió, Arapiraca, Jequiá da Praia, Flexeiras e Satuba, onde foram diagnosticados casos de doença meningocócica.

Durante o treinamento, técnicos da Sesau e do MS expuseram aos participantes as ações necessárias para a execução do novo fluxo assistencial estabelecido no Estado, visando agilizar o atendimento de casos suspeitos de meningite.

O secretário de Estado de Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, destacou o esforço da Sesau para aperfeiçoar a assistência aos alagoanos.

“Sabemos a importância de um diagnóstico rápido. Por isso, não medimos esforços para tornar o atendimento cada vez mais célere e também para capacitar os profissionais que estão na ponta da assistência. O Ministério da Saúde é um grande parceiro do Estado de Alagoas e juntos estamos atuando em prol da vida”, afirmou.

O novo protocolo de assistência foi atualizado nos setores de regulação de leitos e transporte sanitário dos pacientes, este último que passou a ser realizado, exclusivamente, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em casos de meningite registrados em Maceió. A situação da doença meningocócica em Alagoas vem sendo monitorada de perto pela Sesau nos últimos meses.

Em julho, o gestor da Sesau participou de uma reunião na Secretaria de Vigilância em Saúde do MS, em Brasília, para discutir sobre o cenário alagoano. Após esse encontro, um evento com a participação de técnicos do MS e dos municípios alagoanos foi promovido para tratar sobre as ações voltadas para o controle da doença no Estado. Além disso, a Sesau tem oferecido assistência técnica aos 102 municípios alagoanos.

A médica pediatra e assessora técnica da Sesau, Marta Celeste, pontuou a importância da capacitação para o aprimoramento do atendimento aos pacientes.


				
					Em 2 anos, mais de 20 pessoas morreram de meningite em Alagoas
Marta Celeste Oliveira, médica e assessora técnica da Sesau. Fotos: Micael Oliveira / Ascom Sesau

“Nos reunimos com os técnicos das unidades de saúde e com os gestores municipais para discutir sobre os casos de meningite diagnosticados em Alagoas, nos últimos meses. Essa ação foi voltada para sensibilizar os profissionais, bem como, fortalecer a nossa relação, visando implementar juntos uma solução para o controle da meningite do tipo B em Alagoas”, enfatizou a profissional.

Sintomas da Meningite

Conforme explicou a secretária-executiva de Vigilância em Saúde da Sesau, enfermeira Thalyne Araújo, a recomendação é que os pais levem as crianças a uma UPA sempre que elas apresentarem os sintomas de meningite.

"Febre, dor de cabeça, vômito, falta de apetite e sonolência são alguns dos sintomas da doença. Nessas situações, é recomendável a ida até uma UPA, que é a porta de entrada para o atendimento. Lá, os profissionais estarão capacitados e prontos para oferecer uma assistência adequada o mais rápido possível”, frisou.

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