Imagem
Menu lateral
Imagem
Gazeta >
Imagem
GZT 94.1 | Maceió
Assistir
Ouvir
GZT 101.1 | Arapiraca
Ouvir
GZT 101.3 | Pão de Açúcar
Ouvir
MIX 98.3 | Maceió
Ouvir
GZT CLASSIC | Rádio Web
Assistir
Ouvir
Imagem
Menu lateral Busca interna do GazetaWeb
Imagem
GZT 94.1
Assistir
Ouvir
GZT 101.1
Ouvir
GZT 101.3
Ouvir
MIX 98.3
Ouvir
GZT CLASSIC
Assistir
Ouvir
HOME > blogs > BLOG DO MARLON
Estádio Rei Pelé

BLOG DO
Blog do Marlon

Rei Pelé encolheu. E o torcedor também.


			
				Rei Pelé encolheu. E o torcedor também.
Estádio Rei Pelé. Foto: Aldo Correa/TV Gazeta

O ano começou e o torcedor foi barrado logo na rampa. Literalmente. A principal via de acesso ao Estádio Rei Pelé foi interditada com risco estrutural, o que reduziu a capacidade oficial de público. Um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) foi firmado entre o Ministério Público, Selaj, FAF, clubes, PMAL e CBMAL. Mas a obra segue em banho-maria e o impacto já é visível — ou melhor, invisível: o torcedor sumiu.


			
				Rei Pelé encolheu. E o torcedor também.
Estádio Rei Pelé passa por vistoria para avaliação de segurança e progresso das obras. Paulo Chancey Junior / Ascom Selaj

CSA e CRB ainda carregam multidões no coração, mas não mais nos estádios. Basta olhar os números. Na final do Alagoano entre CRB e ASA: 13.270 presentes, com 11.540 pagantes. Na semifinal CSA x ASA: pouco mais de 11 mil, sendo menos de 10 mil pagantes. E olhe que estamos falando dos maiores públicos do ano.

A pergunta que vale o texto é: por que tão pouco?

As arquibancadas vazias não contam só a história de uma estrutura interditada. Contam sobre horários ruins, jogos em dias úteis à noite, insegurança nos arredores, transporte público precário, preços que oscilam conforme o “apelo” do jogo e um mínimo de conforto que beira o inexistente. Torcer virou um ato de resistência — física, mental e financeira.


			
				Rei Pelé encolheu. E o torcedor também.
Reboco que desabou no setor de visitantes do Rei Pelé em 2022.. Reprodução/Redes Sociais

Há quem culpe a violência, e com razão. Há quem lembre da economia, e também tem razão. Outros tantos apontam para o que virou rotina: jogos mornos, promessas não cumpridas, experiências ruins. E tudo isso vai afastando o torcedor, um a um, degrau por degrau — como a rampa interditada.

CSA e CRB têm se esforçado. Modernizam ingressos, criam experiências, tentam promoções. Mas nadam contra a corrente. O que afasta é maior que o que atrai. O que desanima é mais frequente do que o que empolga.

O Rei Pelé encolheu. Mas o que encolheu, na verdade, foi o tamanho da nossa relação com o estádio. O futebol alagoano precisa urgentemente recuperar o seu torcedor — não só com vitórias, mas com respeito.

Porque não adianta sonhar com acesso se a arquibancada segue vazia. Não adianta planejar Série B ou C se o torcedor não se sente em casa. E se o estádio não abraça, a paixão esfria. E quando a paixão esfria… nem o gol esquenta.

X