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Biden confundia assessores e não reconheceu George Clooney

Em 'Pecado original', jornalistas atribuem a decisão tardia do presidente em desistir da candidatura à derrota democrata e descrevem como seus assessores e a família encobriram a gravidade de seu estado de saúde.


			
				Biden confundia assessores e não reconheceu George Clooney
Joe Biden e Kamala Harris comparecem à cerimônia de posse de Donald Trump em 20 de janeiro de 2025. — Foto: SAUL LOEB/ via REUTERS

A lenta agonia causada pelo declínio físico e mental do então presidente Joe Biden foi escondida do público pela família e pelo círculo íntimo de assessores da Casa Branca, que insistiam em mantê-lo à frente da campanha democrata para a Casa Branca.

A tese deste acobertamento é descrita detalhadamente pelos os jornalistas Jack Tapper, âncora da "CNN" internacional, e Alex Thompson, correspondente de política nacional do "Axios", no livro “Pecado original: o declínio do presidente Biden, sua tentativa de encobrimento e sua desastrosa escolha de concorrer novamente”, que será lançado nos EUA na próxima semana.

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O trauma da derrota democrata nas eleições passadas ainda predomina nos vários escalões do partido. Pressionado, Biden só desistiu da candidatura em julho e deixou a corrida a cargo da vice Kamala Harris, quando faltavam 107 dias para a eleição.

Em trechos do livro divulgados pela imprensa americana, os jornalistas traçam uma linha entre a decisão tardia de Biden de abandonar a candidatura e a vitória de Donald Trump.

Eles reconstituem conversas com 200 pessoas, entre membros do Congresso, da Casa Branca e da campanha democrata — a maioria em off.

São relatos da deterioração do presidente, que ficou evidente para o público no debate eleitoral com Donald Trump, em 27 de junho de 2024, apresentado pela CNN. Biden confundia membros de seu Gabinete com quem trabalhava há décadas, esquecia nomes e não reconheceu o ator George Clooney, de quem era amigo, num evento de arrecadação de fundos de campanha promovido por ele em Hollywood.


			
				Biden confundia assessores e não reconheceu George Clooney
Joe Biden e Kamala Harris comparecem à cerimônia de posse de Donald Trump em 20 de janeiro de 2025. — Foto: SAUL LOEB/ via REUTERS

“Você conhece George”, disse um assessor ao presidente diante do ator. “George Clooney”, reforçou, depois de perceber que ele não havia reconhecido o amigo. “Ah, sim. Oi, George”, respondeu Biden, deixando o ator profundamente abalado, segundo os autores. No mesmo evento, ele teve que ser conduzido e amparado pelo ex-presidente Barack Obama para deixar o palco.

Em julho, depois do desastroso desempenho de Biden no debate presidencial, Clooney escreveu um artigo no “New York Times”, pedindo que ele desistisse da candidatura.

“Eu amo Joe Biden, mas precisamos de outro indicado”, apelou o ator, confirmando que o presidente com quem havia estado há três semanas não era o mesmo de 2010 e 2020. Começava ali a campanha para a sua substituição, executada automaticamente, sem a realização de primárias.

Tapper e Thompson relatam que o declínio do presidente começou a ser detectado em 2022, mas foi protegido por leais assessores e pela família. À medida que as habilidades físicas e cognitivas se agravavam, a rotina de Presidência mudou.

"Tudo ficou mais curto, discursos, parágrafos e até frases. O vocabulário encolheu", descrevem os jornalistas. O acesso dos membros do Gabinete ao presidente foi reduzido, e ele passou a trabalhar uma média de seis horas diárias.

A marcha do presidente tornou-se mais lenta e rígida e ele passou a usar tênis. O risco de quedas ficou maior e os percursos foram encurtados para evitar acidentes. A um certo momento, os assessores cogitaram abertamente que, na hipótese de ganhar um segundo mandato, Biden teria que usar uma cadeira de rodas.

“Biden nos ferrou totalmente”, resumiu o estrategista David Plouffe, que coordenou a campanha de Kamala Harris, aos autores, atribuindo a demora de abandonar a disputa à derrota democrata.

Enquanto a traumática derrota democrata é lentamente dissecada e o país enfrenta um de seus momentos mais conturbados, o ex-presidente se mantém na defensiva, insistindo que ele seria o único capaz de derrotar Donald Trump.

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