Artistas voltaram às ruas, nesta sexta-feira (25), em protesto contra o novo decreto que proíbe apresentações em bares e restaurantes.
Sem ajuda do Governo do Estado, músicos apostavam nas apresentações de fim de ano para conseguir renda extra após meses sem trabalho.
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Durante a tarde, os músicos se reuniram na praça do antigo Alagoinhas, na Ponta Verde, para cobrar apoio e retorno ao trabalho em estabelecimentos, que costumam lotar nesse período. "As aglomerações e o aumento de casos de Covid não ocorreram por nossa culpa. Se lota, a responsabilidade é dos estabelecimentos", declara a cantora Gabi Leite.
Os músicos afirmam que são os únicos que não voltaram ao trabalho, prejudicados diretamente com o novo decreto do Governo do Estado. A edição suplementar do Diário Oficial de quarta-feira (23) trata da classificação de Alagoas conforme o Plano de Distanciamento Social Controlado, em razão da pandemia da Covid-19.
"Essas apresentações de fim de ano garantem nosso décimo terceiro. Temos que rever esse decreto. Queremos uma reunião com o governador para discutir isso. A nossa situação é muito difícil. O que está acontecendo não e culpa do músico", lembra Gabi Leite.
A publicação autoriza a retomada gradual das atividades de ensino presenciais nas redes de ensino privada e públicas, estabelece o ponto facultativo presencial para aos servidores públicos, mantendo o teletrabalho, e restringe o funcionamento de bares e restaurantes, que poderão funcionar diariamente entre as 6 horas até a zero hora, sendo proibido a execução de música ao vivo pelos próximos 15 dias.
"Esse decreto do governador Renan Filho pegou todo mundo de surpresa. Todo mundo fazendo passeata e carreata nas eleições e a culpa é do músico? Ele impediu a gente de trabalhar. Nossa intenção não é atrapalhar a vida de ninguém, só queremos uma reunião com o governador. A gente fica indignado com essa situação, o que podemos fazer é protestar pelos nossos direitos", declara o músico Fábio Lins.
GRUPO PROTESTA NA PORTA DO GOVERNADOR
Após a concentração no antigo Alagoinhas e o ato pacífico na orla de Maceió, o grupo de músicos levou o apelo para a porta do governador Renan Filho. Em frente à casa do gestor, os trabalhadores cobraram a revisão do decreto que os proíbe de trabalhar durante as festas de fim de ano.
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