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Construção e recuperação de vias são aposta para melhorar mobilidade em Maceió

Eixos viários paralelos à Avenida Fernandes Lima seguem avançados nas obras; Cachoeira do Meirim é outro ponto contemplado

A situação é bastante comum nas grandes cidades: a pressa do dia a dia moderno que acaba, muitas vezes, esbarrando na falta de mobilidade. Em Maceió, não é diferente para quem precisa percorrer, diariamente, os pouco mais de quatro quilômetros da Avenida Fernandes Lima, que corta o bairro do Farol.

"A mobilidade urbana da capital alagoana é precária, como todo o sistema que privilegia o automóvel como meio de transporte. É insegura, ineficiente, onerosa e, como se pode ver, de difícil solução", opina Mestre em Engenharia de Transportes e especialista em Gestão de Sistemas Urbanos de Transportes, Fábio Barbosa Melo.

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Uma solução que começa a sair do papel agora, porém, promete aliviar um pouco o problema. São os eixos viários da Fernandes Lima, que vão abrir duas vias paralelas passando por trás do Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas (Cepa) e do Quartel do Exército.

Com o custo total de R$ 19 milhões, as pistas vão funcionar em formato binário - duas paralelas de mão única e sentido contrário. Em média, 90 pessoas trabalham dos dois lados, entre trabalhadores diretos e operadores de máquinas, e as obras, que começaram em julho de 2016, devem ser entregues no segundo semestre desse ano.

De um lado, o eixo Cepa terá 9 km de extensão, com início no Ibama, no bairro da Gruta, indo até as ruas Frei Caneca e Luiz Mascarenhas, próximo à ladeira do Teobaldo. Já o outro ponto, o eixo Quartel, terá 6 km e vai começar na Rua Marieta Lages, se estendendo até a Ranildo Cavalcanti, por trás do Hospital do Açúcar. Próximo da conclusão, o trecho entra na última etapa de execução.

"O projeto foi pensado a fim de otimizar o trânsito na Fernandes Lima, que é o principal corredor de transporte da capital, interligando a parte alta ao centro. A expectativa é que o fluxo de veículos seja distribuído pelas três opções, reduzindo o congestionamento comum nos horários de pico", diz o secretário de Transportes e Desenvolvimento Urbano, Mozart Amaral.

Ele aponta que, para que isso fosse viável, diversas negociações foram necessárias a fim de transpor as barreiras de alguns trechos, como as áreas do Exército, do Cepa, do Ibama e dos Hospitais Portugal Ramalho e do Açúcar. Ao todo, 19 imóveis precisaram ser desapropriados, seja integralmente ou parcialmente.


			
				Construção e recuperação de vias são aposta para melhorar mobilidade em Maceió
FOTO: Larissa Bastos

"O processo de desapropriação envolve a identificação dos imóveis, seguido do contato direto com os expropriados para explanação e objetivo do projeto", aponta. "As negociações com o Ibama e o 59º Bimtz aconteceram dentro do previsto, mas com as burocracias cabíveis para que a liberação fosse efetuada", acrescenta o gestor.

Solução?

Para o especialista em Gestão de Sistemas Urbanos de Transportes, só o tempo dirá se os eixos serão capazes de desafogar o trânsito na principal avenida de Maceió. Ele lembra que a obra é mais uma voltada para as necessidades de quem usa veículos motorizados próprios - e que o histórico dessas propostas não tem sido bom na cidade.

"As chamadas soluções 'rodoviaristas', como elevados, viadutos, binários e avenidas construídos nas últimas décadas não foram capazes de ajudar. No máximo resolveram o problema por um tempo ou transferiram o congestionamento para outros pontos", destaca Fábio.

Ele acredita que, justamente por privilegiarem apenas carros, as vias não seriam a melhor opção para a mobilidade na capital alagoana. Na opinião do engenheiro, a solução seria investir no transporte coletivo, capaz de transportar uma quantidade maior de pessoas ocupando menos espaço e sendo menos danoso ao meio ambiente.

"A lógica é que quem compra um veículo mais caro quer ter mais direito que os outros usuários das vias. Infelizmente, essa é uma realidade no Brasil. Não é a melhor opção nem neste momento nem em outro, pois privilegia um meio individual em detrimento aos meios coletivos", afirma.


			
				Construção e recuperação de vias são aposta para melhorar mobilidade em Maceió
FOTO: Larissa Bastos

Fábio alerta que a saída deve funcionar por um período. "Basta imaginar como vai ficar a qualidade de vida das pessoas que residem nas ruas pacatas da Pitanguinha. Conforme falei, a tendência é a solução funcionar por um tempo, mas logo congestionar também, ou transferir o congestionamento para outras áreas".

Mozart Amaral acrescenta, entretanto, que os eixos devem servir ainda como uma obra preliminar para a implantação de algo como o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A aposta em uma condução do tipo ainda está em estudo e não há data para que ele seja implementado.

"No corredor da Fernandes Lima deverá ser implantando um transporte de massa ainda em estudo. O processo de integração se dará com o transporte por ônibus nas vias secundárias, inclusive nos eixos viários", explica o secretário de Estado de Transportes e Desenvolvimento Urbano.

Na opinião de Fábio Barbosa, alternativas do tipo já deveriam estar em funcionamento. "A solução é o transporte de massa: VLTs, trens, metrô e BRTs. É um erro construir um eixo viário no vale do Reginaldo. Ali é o local para um sistema sobre trilhos, com ramificações alimentadas por ônibus e micro-ônibus alimentando o entorno. Maceió já passou da idade e da hora de ter um transporte desse nível".

A proposta das pistas paralelas também não engloba a construção de ciclovias, que estão previstas apenas no projeto do transporte de massa a ser construído na Fernandes Lima - de acordo com a Setrand, a caixa das ruas não suporta uma ciclofaixa e ela também precisa ser construída no menor percurso, que seria a avenida, em linha reta.

"O poder público não tem compromisso com ciclovias e pedestres. Basta olhar o atual estado de inutilidade das calçadas, dos cruzamentos e das ciclovias existentes. Quem anda de bicicleta para trabalhar em Maceió ou é louco, ou teimoso ou herói", critica o engenheiro. "Como será o tráfego de pedestres e ciclistas? Há alguma preocupação?"

Cachoeira do Meirim


			
				Construção e recuperação de vias são aposta para melhorar mobilidade em Maceió
FOTO: Larissa Bastos

Outra obra, em outra parte da cidade, também pretende melhorar a mobilidade dos maceioenses. Trata-se da recuperação do asfalto da Avenida Cachoeira do Meirim, no Benedito Bentes, com prazo oficial de entrega para o final de 2017 - mas já bastante avançada nos serviços.

A reconstituição do acesso ao bairro era um pedido antigo da população e, segundo o secretário Mozart Amaral, até o momento, já foi executado e concluído o reperfilamento da pista de 4 km, o que consiste no processo de recuperação profunda e reestruturação das irregularidades do asfalto.

A camada definitiva, contudo, ainda será concluída após os serviços de drenagem, com a implantação de equipamentos urbanos como os passeios e o canteiro central. "No momento, a equipe técnica conclui a instalação da sinalização provisória, necessária para manter a segurança de motoristas e pedestres durante o andamento da obra", conta.

O investimento é de R$ 13 milhões, sendo R$ 3,7 provenientes do Tesouro Federal e R$ 9,3 mi do governo estadual. E o gestor de Transportes e Desenvolvimento Urbano do Estado ressalta que neste projeto a ciclovia já está inclusa - assim como nas obras da duplicação da AL-101 Norte e do viaduto da Polícia Rodoviária Federal.

"Todas as obras executadas pela Setrand que contemplam os centros urbanos são pensadas para garantir mobilidade e segurança aos motoristas e pedestres. A secretaria defende que o conceito de mobilidade urbana não engloba só melhorias de deslocamento para os veículos motorizados, mas inclui principalmente meios de transporte alternativos, como as bicicletas".


			
				Construção e recuperação de vias são aposta para melhorar mobilidade em Maceió
FOTO: Larissa Bastos

O Mestre em Engenharia de Transportes Fábio Barbosa opina que o recapeamento vai dar mais segurança e fluidez para quem passa pela via, mas acrescenta que, assim como na questão dos eixos viários, é preciso ir além e pensar em outras alternativas para melhorar o trânsito na localidade.

"A região é bastante populosa e adensada, com características de cidade-dormitório (onde as pessoas dormem, mas necessitam de grande deslocamento para trabalhar), vide o caos que é o deslocamento do/para o Benedito Bentes em horários de pico. Essas condições são ideais para a construção de sistemas de transporte de massa (sobre trilho ou BRT)".

  • Imagens mostram obras realizadas nos bairros do Farol e Benedito Bentes
    Imagens mostram obras realizadas nos bairros do Farol e Benedito Bentes |
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