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Veja como funciona o sistema de proteção contra cheias

Estrutura é composta pelo Muro da Mauá, que tem 14 comportas, além de 68 km de diques e 23 casas de bomba


				
					Veja como funciona o sistema de proteção contra cheias
Uma das 14 comportas instaladas ao longo do Muro da Mauá. Crédito: Luciano Lanes/PMPA

Em 1941, a cidade de Porto Alegre foi atingida por uma grande enchente, que deixou 70 mil pessoas desabrigadas e um terço dos estabelecimentos comerciais e industriais embaixo d’água por cerca de 40 dias.

Na ocasião, o nível do lago Guaíba chegou a uma altura entre 4,75 e 4,76 metros. Para se ter ideia, a cota de alerta do Guaíba é de 2,5 metros, enquanto a de inundação é de 3 metros.

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Depois da enchente histórica, o município começou a planejar a criação de um sistema que pudesse proteger a cidade contra grandes enchentes. O conjunto de obras, porém, só saiu do papel na década de 1940 –cerca de 30 anos após as ocorrências de 1941.

O sistema é composto pelo Muro da Mauá, 14 comportas, 68 quilômetros de diques e 19 casas de bombas.

Apesar de a capital gaúcha ter registrado neste ano a pior enchente de sua história, especialistas avaliam que, sem esse sistema de proteção, os efeitos seriam ainda mais devastadores.

Como funciona o sistema de proteção contra cheias

Muro da Mauá

Uma das obras que ganharam mais notoriedade foi o chamado Muro da Mauá. Trata-se de um paredão com 2,6 quilômetros de extensão que fica às margens do Guaíba e vai desde o porto até a avenida Mauá, na região central. O muro tem 3 metros de altura a partir do nível do solo.

Segundo a prefeitura, o muro é feito em concreto armado e é “responsável por proteger alguns dos principais equipamentos públicos da área central, como a Prefeitura, o prédio dos Correios e Telégrafos, a Secretaria da Fazenda do Estado, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul, entre outros”.

“Sem o Muro da Mauá, que representa 4% da extensão dos diques de proteção, em caso de enchente, as águas que chegarem pelos afluentes e que forem retiradas da cidade por meio das casas de bombas e condutos forçados retornariam ao Guaíba pelo vão deixado pelo Muro, inundando a região central da cidade”, diz a administração municipal.

Comportas do Muro da Mauá

O Muro da Mauá tem, ao longo de toda a sua extensão, 14 comportas de proteção. Essas comportas são como portões, que são fechados pelas autoridades municipais quando há indicação de que o Guaíba vai subir acima do nível de segurança.

Na semana passada, uma das comportas do Guaíba –o portão 14– se rompeu e colocou em risco a população da zona norte de Porto Alegre. Desde o início da atual cheia, a prefeitura teve de improvisar com sacos de areia atrás das comportas para ajudar a segurar a força da água. Em alguns locais, até tanques do Exército foram direcionados.

Logo depois de comunicar a imprensa sobre o rompimento do portão 14, o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Maurício Loss afirmou que “não vê problema” no muro localizado no Cais Mauá. “Mas os portões podem ter problema. Tanto que tanques do Exército estão chegando para fazer o escoramento”, admitiu.

Segundo Loss, o muro “foi feito com a engenharia e com a estrutura que se tinha” na época da construção, da década de 1960. “E ele tinha atendido muito bem. Mas a gente está passando por um momento histórico do Rio Grande do Sul”, comenta.

“O muro é o que mais nos tranquiliza. Nosso problema são, de fato, os portões: são entradas menores de água, mas claro que isso pode causar um grande estrago. Mas, de certa forma, vem atendendo as necessidades.”

Diques

O sistema de proteção contra enchentes em Porto Alegre inclui 68 quilômetros de diques. Os diques são estruturas que funcionam como reservatórios, que represem a água para evitar alagamentos na cidade.

Esse sistema sistema é interligado com as casas de bomba que estão espalhadas pela capital gaúcha.

Casas de bomba

A cidade conta com 23 casas de bomba. Esses equipamentos atuam em parceria com os diques, fazendo a drenagem da água nas regiões mais baixas do município e as levando de volta para o Guaíba.

O problema é que, neste ano, devido ao grande volume de água, as casas de bomba não deram conta da demanda. Segundo a prefeitura, das 23 estações, 19 tiveram de ser desligadas em razão da inundação e por risco de choque elétrico.

Nesta quinta-feira (9), o Departamento Municipal de Águas e Esgotos (Dmae) informou que atua para restabelecer o funcionamento da sexta casa de bomba que precisou ser desligada.

Na semana passada, o diretor-geral do Dmae já havia dito que as casas de bombas estavam “chegando aos seus limites”.

As casas de bombas não foram projetadas para trabalhar tantos dias. Os motores não aguentam trabalhar tantos dias ininterruptamente. Eles superaquecem, têm queda de energia. Mas a nossa equipe não tem medido esforços para estar lá presente e fazer a correção para atuar.

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