O Museu do Holocausto dos Estados Unidos pediu nesta terça-feira (12) que visitantes parem de jogar "Pokemon GO" no local. A direção da instituição descreve a prática como algo "extremamente inapropriado" em um memorial dedicado às vítimas do nazismo.
O game virou fenômeno ao fazer os jogadores saírem do sofá e ir à caça dos monstrinhos. Isso ocorre porque o jogo alia a localização do usuário, captada pelo celular, à tecnologia de realidade aumentada, que "leva" os bichinhos virtuais para o mundo real.
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Cemitérios e o memorial de 11 de Setembro, em Nova York, também estão parte no roteiro.
A ideia dos jogadores circularem pelos corredores, olhos grudados nos celulares em busca das figuras computadorizadas, chocou muitos após uma imagem postada online mostrar um dos personagens localizados do lado de fora das portas que dão acesso ao auditório Helena Rubinstein, no Museu do Holocausto.
"Estamos tentando remover o museu do jogo," disse o diretor de comunicações do museu, Andy Hollinger, em comunicado. A instituição encoraja visitantes a usarem seus celulares para compartilhar e engajar com exposições enquanto visitam, acrescentou.
"A tecnologia pode ser uma importante ferramenta de aprendizagem, mas esse jogo fica longe de nossa missão educacional e de memória."
Durante uma visita ao museu nesta terça, um repórter da Reuters viu diversos visitantes usando seus celulares para tirar fotos ou enviar mensagens, mas ninguém jogando abertamente. Isso inclui a área fora do auditório Helena Rubinstein, que exibe testemunhos de judeus que sobreviveram às câmaras de gás.