Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > TECNOLOGIA E GAMES

Entenda como é o processo para que um celular com 5G possa ser utilizado no Brasil

Apenas aparelhos homologados pela Anatel podem oferecer a tecnologia, que começou a funcionar em Brasília nessa quarta-feira (6); veja quais são as etapas até a homologação

A chegada do 5G nessa quarta-feira (6) em Brasília acelera a busca de fabricantes por aumentar a quantidade de celulares aptos a receber a internet móvel de quinta geração no país. Até agora, por aqui, cerca de 60 modelos oferecem a tecnologia, já que apenas aqueles que são homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) podem disponibilizá-la.

Mas como funciona o processo até que a homologação dos aparelhos seja concluída? Para entender as etapas, o g1 conversou com Alessandro Pimenta, coordenador técnico do Complexo Laboratorial de Conectividade, de Campinas (SP).

Leia também

Inaugurado em outubro de 2021 pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) para desenvolvimento de novas tecnologias, o complexo deve se tornar referência em 5G no Brasil. Veja abaixo detalhes do trabalho realizado no local.

Inicialmente, Pimenta reforça que todos os fabricantes que possuem um produto de telecomunicação, desde o 2G até o 5G, devem ter esse produto homologado pela Anatel.

Para isso, a agência de telecomunicações organiza certificadores, que são responsáveis por definir planos de ensaios baseados no tipo de produto que pretende ser homologado. Esses planos, por sua vez, são executados dentro de laboratórios como o CPQD.

Em suma, o processo é o seguinte:

  1. Fabricante quer homologar o produto, então ele procura uma certificadora;
  2. A certificadora cria um plano de ensaio ou um plano de teste;
  3. O fabricante faz a cotação com um laboratório para executar esses ensaios;
  4. Os ensaios são realizados pelo laboratório escolhido, e um relatório é entregue à certificadora;
  5. A certificadora irá analisar o relatório e dizer se o produto passou ou falhou nos testes;
  6. Em caso de aprovação, os dados são enviados à Anatel, que promove a homologação.

Segundo o coordenador, atualmente, todo o processo gira em torno de 60 dias para ser concluído.

Ensaios: como são feitos e para quê

Alessandro Pimenta explica que a etapa dos ensaios serve como uma espécie de validação do produto desenvolvido para oferecer o 5G, a partir do seguimento de todas as regras.

"A gente garante que o produto que vai entrar no Brasil está respeitando tanto as normas internacionais quanto o espectro radioelétrico que a Anatel leiloou para ser utilizado dentro do Brasil."

Referência na realização dos ensaios, o Complexo Laboratorial de Conectividade foi preparado com recursos modernos de tecnologia, para dar mais segurança e confidencialidade às informações.

Além disso, o local integra quatro laboratórios, permitindo maior agilidade em processos, serviços e a ampliação de testes realizados no local.

"Todos os nossos relatórios saem com o selo do Inmetro, e ele é utilizado para a homologação tanto do Brasil, da Anatel, quanto para a homologação Latam. Se o fabricante de celular está fazendo a homologação do celular dele, se ele quiser fazer o teste de SAR em uma banda que não é do Brasil, mas da Argentina [por exemplo], ele pode fazer esse teste com a gente. Como nosso relatório tem selo Inmetro, é reconhecido internacionalmente."

Tipos de testes

Para que haja a confirmação de que um determinado celular está compatível com a tecnologia 5G, Alessandro afirma que as certificadoras costumam solicitar quatro tipos de testes:

  • Ensaio de proteção elétrica: ensaios para garantir o funcionamento correto do equipamento em condições de choques, tensão normal e alta tensão, evitando, por exemplo, um aquecimento excessivo;
  • Ensaio de compatibilidade eletromagnética: avaliar as ondas emitidas pelo equipamento em questão e o quão imune ele é, com o propósito de analisar o grau de susceptibilidade a perturbações eletromagnéticas procedentes do meio ambiente.
  • Medição de Taxa de Absorção Específica (SAR, na sigla em ingês Specific Absorption Rate): ensaios para verificar a taxa de absorção da energia de radiofrequência pelo corpo humano;
  • Ensaios funcionais de radiofrequência: esses ensaios são voltados ao espectro radioelétrico e verificam o cumprimento de requerimentos de normas internacionais.

Mercado aquecido

De acordo com Alessandro Pimenta, o mercado da internet móvel de quinta geração começou a ficar aquecido no país no segundo semestre de 2021, antes mesmo do leilão realizado pela Anatel em novembro. Passado o leilão, os processos de homologação aumentaram ainda mais, afirma ele.

"No ano passado, a gente estava fazendo, em média, dois celulares por mês. Neste ano, a gente está fazendo, em média, de quatro a cinco celulares por mês. Aumentou por volta do quarto trimestre de 2021. Quando começaram os lançamentos de 5G para o Natal, dobrou a parte de celular."

Quando chegará em todo o país?

Brasília é a primeira capital do país a receber a quinta geração e o primeiro local em larga escala. A Anatel diz que São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa receberão a tecnologia em uma segunda etapa, mas ainda não há uma data definida.

O prazo para todas as capitais brasileiras receberem o 5G é 29 de setembro de 2022. Inicialmente, ele era até 31 de julho, mas dificuldades logísticas na importação de equipamentos fizeram a Anatel estender o prazo. A previsão é de que o 5G chegará a todas as cidades no Brasil até dezembro de 2029.

Cidades com mais de 30 mil habitantes

  • 29 de setembro de 2022: capitais e Distrito Federal tendo uma ERB a cada 100 mil habitantes
  • 31 de julho de 2023: capitais e Distrito Federal tendo uma ERB a cada 50 mil habitantes
  • 31 de julho de 2024: capitais e Distrito Federal tendo uma ERB a cada 30 mil habitantes
  • 31 de julho de 2025: capitais e Distrito Federal e cidades com mais de 500 mil habitantes tendo uma ERB a cada 10 mil habitantes
  • 31 de julho de 2026: cidades com mais de 200 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes
  • 31 de julho de 2027: cidades com mais de 100 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes
  • 31 de julho de 2028: pelo menos 50% das cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes
  • 31 de julho de 2029: todas as cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes

Cidades com até 30 mil habitantes

  • 31 de dezembro de 2026: 30% dos municípios com até 30 mil habitantes
  • 31 de dezembro de 2027: 60% dos municípios com até 30 mil habitantes
  • 31 de dezembro de 2028: 90% dos municípios com até 30 mil habitantes
  • 31 de dezembro de 2029: 100% dos municípios com até 30 mil habitantes

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Relacionadas