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HOME > notícias > TECNOLOGIA E GAMES

'Efeito WhatsApp' e crise 'matam' 10 milhões de linhas de celular no Brasil

Queda nessa proporção é inédita Brasil, quinto maior mercado do mundo

Mais de 10 milhões de linhas de celular deixaram de existir no Brasil em

cinco meses de 2015. Uma queda dessa proporção é inédita no setor de

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telecomunicações móveis brasileiro, quinto maior do mundo. Para as

operadoras, os causadores da derrapada são a crise econômica e o "efeito

WhatsApp", que faz clientes preferirem chats para se comunicar em vez de terem mais de uma conta em diferentes operadoras.

Os acessos móveis cresceram mês a mês no Brasil até maio deste ano,

quando chegou a 284 milhões de linhas - a única exceção desde 2005 foi

um pequeno deslize em julho de 2006. Até outubro, porém, a base diminuiu

3%, segundo dados divulgados na quinta-feira (3) pela Agência Nacional

das Telecomunicações (Anatel).

O volume de desconexões, de 10.358.097, é próximo ao total de linhas da

Bolívia e até de Portugal - de 10,5 milhões e 11,8 milhões em 2014,

respectivamente, segundo aONU.

O desligamento de milhões de acessos foi generalizado entre as quatro

maiores operadoras do setor. Nesses seis meses, a líder do mercadoVivoperdeu 3,6 milhões de linhas. ATIM, segunda maior, ficou com 3,3 milhões de linhas a menos.Claroteve sua base reduzida em 2,5 milhões e a Oi, em 1,3 milhão de linhas.

WhatsApp

Um dos causadores da onda de cancelamento está na maioria dos

smartphones dos brasileiros: apps de bate-papo e, em especial, o

WhatsApp.

"Você tem uma geração mais nova que usa mais o Whatsapp e prefere não falar [pelo telefone]. Aí usa o Whatsapp,Viber

ou qualquer outro mensageiro", explica Bernardo Winik, diretor de

varejo da Oi. "A barreira da comunicação começa a ser quebrada porque os

aplicativos liberam voz sobre IP."

"O crescimento do uso do WhatsApp e aplicativos semelhantes tem alguma

influência na redução das linhas, mas independente do serviço de voz

nesses apps", admite a TIM. "As pessoas passaram a se comunicar por

mensagem via rede de dados e notaram que não precisavam mais de um

chip."

Pertencente aoFacebook,

o app é criticado pelas operadoras. Elas reclamam que o serviço exerce

concorrência mas não arca com as mesmas contrapartidas, como pagar

impostos. A rivalidade inesperada já afeta os negócios.

A consultoria Teleco apontou em junho que apps como o WhatsApp

derrubaram a quantidade dos minutos falados ao telefone e dos SMS

enviados pelos brasileiros nos começo do ano.

Cortando na carne

A preferência por serviços conectados, diferentes dos oferecidos pelas

operadoras faz também as linhas de celular ficarem ociosas. Para driblar

a crise econômica, decidiram ser mais ágeis no cancelamento dessas

contas. Segundo Winik, da Oi, a estratégia foi adotada para poupar

dinheiro, já que, ao eliminar acessos móveis inativos, também deixam de

pagar taxas referentes a ele, como a do Fundo de Fiscalização das

Telecomunicações (Fistel).

Uma linha só pode ser desconectada após 90 dias sem fazer chamadas

tarifadas, enviar torpedos ou acessar a internet, determina a Anatel.

Para manter clientes, as empresas reiniciavam a contagem até quando

ligações gratuitas eram feitas. Isso acabou.

"A queda no número de linhas móveis reflete o ciclo normal de

desconexão do mercado e o crescente interesse pelo uso de internet no

celular", diz a Claro. A Vivo "atribui a redução de sua base ao critério

de desconexão de usuários pré-pagos mais restritivo com clientes

inativos".

O consumidor também contribuiu: abriu mão do "segundo ou terceiro chip"

para aliviar o bolso, diz o diretor da Oi. "O consumidor está se

virando para economizar e a TIM entendeu que tinha que 'se virar'

também", informa a empresa.

Efeito clube

O movimento de preferir uma só operadora deve se intensificar, avalia o

diretor da Oi. O motivo, diz, será o barateamento das taxas de

interconexão nos próximos anos. Pagas sempre que o cliente de uma

empresa liga para o de outra, as tarifas são recolhidas como compensação

pela ligação usar a rede da segunda companhia para chegar ao destino.

Para se adaptar ao que ficou conhecido como "efeito clube", o brasileiro

aprendeu se acostumou a ser cliente pré-pago de mais de uma operadora.

A taxa, hoje de R$ 0,16, cairá para entre R$ 0,09 e 0,11, em fevereiro

de 2016. Até 2019, ficará entre R$ 0,01 e 0,02. TIM e Oi, no entanto, já

se anteciparam e reduziram para R$ 0,10. "Vai acontecer é uma redução

no número de linhas. Aquele que tinha três, quatro chips, vai consolidar

os gastos dele numa única operadora", diz Winik.

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