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Conheça a 1ª mulher a narrar Campeonato Brasileiro de LOL

Ana Marcella Muniz, mais conhecida como Anyazita, narrou os confrontos da Red x Fluxo e Los Grandes x FURIA.

O Campeonato Brasileiro de League of Legends de 2024 fez história ao ter, pela primeira vez em 12 anos de torneio, a primeira mulher como narradora, no último domingo (04). Ana Marcella Muniz, mais conhecida como Anyazita, narrou os confrontos da Red x Fluxo e Los Grandes x FURIA.

Graduada em Relações Internacionais, Anyazita tinha o sonho de ser diplomata quando mais nova. Ela conta que sempre foi amante de jogos e viu nas lives uma oportunidade para lidar com sua timidez. “Fiz lives da mesa de jantar da casa dos meus pais por um longo período, até chegar no estúdio que hoje em dia possuo. Antes de terminar a faculdade, acabei até mesmo jogando pelo time de LOL do meu campus, eu era a suporte da equipe, a única mulher, mas era a capitã”, relata.

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A narradora dedicou um bom tempo na fila das ranked e beirou o elo Diamante! “Minha primeira vez narrando foi algo muito no susto, estava junto de outras mulheres buscando dar visibilidade a uma liga mensal de CS:GO e existiu a necessidade de uma narradora. Com a cara e a coragem eu fui, me diverti e me apaixonei”, conta.

Por quase dois anos, ela encarou os e-sports como hobby e narrava boa parte das partidas de forma voluntária, tendo seu primeiro trabalho remunerado no Ravenão, em 2020. Atualmente, a mineira trabalha com outras 12 modalidades, dentre elas, Valorant, Fortnite, FIFA, Wild Rift e Mario Kart Tour.

Ela destaca o papel de diversas mulheres que passaram pela liga como fundamental para que ela pudesse estar onde está hoje. “Poder ter sido a primeira a segurar o microfone e poder eternizar as jogadas com emoção é o resultado do trabalho de todas elas, que tornaram esse espaço possível para mim. É uma vitória de todas nós”, reconhece.

O primeiro contato da profissional com a Riot Games Brasil foi através do cenário inclusivo de VALORANT, no VCT Game Changers Series 1 de 2022. “Eu tinha sofrido uma paralisia facial recentemente e acreditava que a minha carreira tinha acabado. Mas, felizmente, fui acolhida por profissionais que me auxiliaram muito na melhora, então, quando o convite veio, eu não acreditava que iria pisar lá dentro e narrar do estúdio oficial”, declarou.

Em 2022, a Ignis Cup foi anunciada e Ana foi a única caster de fora do ecossistema da Riot a ser convidada para trabalhar no projeto. Ana recebeu o convite para compor a bancada do CBLOL Academy neste ano, mas conta que nem nos melhores sonhos imaginou que poderia narrar o CBLOL. “Tenho ciência de que tenho muito espaço para melhorar no meu trabalho, seja na parte técnica, na de conhecimento de jogo, mas não deixei a síndrome do impostor me abalar e prometi pra mim mesma que iria sair orgulhosa daquela cabine no domingo”.

MACHISMO DOS TELESPECTADORES

Segundo ela, o machismo ainda é forte no meio, desde os ouvidos dos espectadores, que estão habituados com as vozes graves de narradores homens, até as próprias empresas, que contratam os serviços temporários. Ela relembrou um caso recente em que descobriu que os contratantes haviam contratado um homem pelo dobro do valor que ofereceram pra ela. “Me chamaram para narrar um campeonato que tinha diversas exigências externas à transmissão por um valor, e mais tarde, quando o torneio aconteceu, tomei conhecimento de que tinham contratado um homem por 2x o valor que tinham me oferecido. Infelizmente não é algo raro de acontecer”.

Para mulheres que desejem ingressar no ramo, Ana dá alguns conselhos. “Primeiro, ame muito o jogo ou os jogos com os quais você quer trabalhar. Isso torna muito mais fácil o processo como um todo, porque você vai virar noites estudando esse jogo para chegar a um nível de trabalho excelente. Entenda que mesmo dando o seu 1000%, ainda vai existir alguém no público que não vai gostar do seu trabalho, e tá tudo bem, o gosto é algo muito individual. Tenha a certeza de que você está rodeada de pessoas que não vão te deixar desistir, mesmo quando parecer inevitável”.

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