Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > TECNOLOGIA E GAMES

App Blindspot é criticado por incitar violência com mensagens anônimas

Ele é como um Whatsapp em que não se sabe quem enviou a mensagem. Deputados israelenses se reuniram em comissão para fazer críticas ao app.

Um novo aplicativo lançado em Israel, que permite enviar mensagens anônimas para a lista de contatos do usuário, tem gerado polêmica em Israel por incitar a agressão e a provocação.

O programa Blindspot funciona como o sistema de mensagens Whatsapp e outras redes sociais fechadas, em que os usuários podem se comunicar entre si e ter acesso a vídeos, fotos e textos dos contatos de sua agenda. Os usuários escolhem seu círculo de conhecidos, mas não sabem quem é o emissor das mensagens que recebem.

Leia também

Desde seu lançamento em dezembro, o aplicativo se tornou muito popular. Segundo a empresa, foi baixado por mais de 500 mil usuários.

Mas seus críticos garantem que o programa deve ser proibido, pois favorece o assédio e a provocação. A polêmica chegou inclusive ao parlamento israelense, onde os deputados se reuniram em uma comissão onde manifestaram suas críticas ao aplicativo.

A deputada do partido centrista Kulanu Merav Ben Ari disse estar preocupada que as pessoas mais jovens sejam assediadas ao ponto de desenvolver tendências suicidas.

"Se a pessoa vai dizer algo de bom, não usa um sistema anônimo", agregou.

O irmão da modelo israelense Bar Rafaeli, a mais famosa do país, é um dos fundadores do programa, que nos próximos meses vai ser lançado nos Estados Unidos e na Europa.

Segundo o diretor do blog de tecnologia israelense Geektime, Moran Bar, o lançamento do Blindspot se viu precedido da maior campanha de informação já organizada em Israel, com cartazes e painéis nas estradas.

O aplicativo é um produto da empresa israelense Shellanoo, que têm investimentos de celebridades como os cantores americanos Will.I.Am e Nicki Minaj e o magnata russo e dono do Chelsea, Roman Abramovich.

- 'Vou te matar' -O jornalista de televisão especializado em tecnologia Adam Shafir denunciou que o aplicativo foi um vetor para o assédio e apontou que lembra outros programas do mesmo tipo, que no final das contas foram tirados do ar pela polêmica que geraram.

Com este tipo de aplicativo, "há muita margem para o assédio sexual, pessoas que enviam comentários a meninas sobre seus corpos, coisas que gostariam de fazer com elas".

"Depois vêm as ameaças fortes, gente que diz: 'vou te matar'", agregou.

A empresa dona do aplicativo afirma que há mecanismos suficientes para se proteger e bloquear os contatos, e que as mensagens muito agressivas podem ser enviadas à polícia.

Uma pesquisa publicada no ano passado revelou que um em cada cinco adolescentes já experimentou assédio na internet, e 20% das vítimas pensaram em suicídio.

Em meados do ano passado, um importante funcionário público se matou depois de uma postagem no Facebook que o acusava de racismo, que ele negou mas que foi amplamente difundida.

Shafir citou um caso recente de uma mulher que recebeu uma mensagem do Blindspot avisando que seu marido a traía enquanto ela estava na Europa.

"O marido negou as acusações, mas essas coisas podem destruir um casamento", disse o jornalista. Ben Ari concluiu que durante as duas horas da comissão, "não ouviu nenhuma coisa boa" sobre o Blindspot.

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas